por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo
O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, Antônio Florentino Filho, fez sérias colocações sobre dívidas que se acumulam na empresa pública Águas e Esgotos do Piauí S/A (Agespisa). De acordo com Florentino, dívidas de entidades públicas e de grandes consumidores privados poderiam ajudar na recuperação da companhia, que sofre os efeitos de um rombo de mais de R$ 1 bilhão.
Antônio Florentino denuncia que os técnicos da empresa não conseguem realizar o serviço de corte ou de cobranças nesses devedores, e afirma que o motivo é a falta de interesse político.
“A Agespisa, dentro do Piauí, tem onze faturamentos em débitos dos consumidores maiores, públicos e privados. Porque a Agespisa não consegue: porque não pode cortar, não consegue cortar. Não há um interesse político pra isso [...] E quando você tenta cortar e tenta cobrar, tem os interesses políticos dos interiores que se envolvem com a Agespisa e nos impede que os técnicos o façam”, declarou em entrevista ao Programa Clube no Ar, da Rádio Clube FM.
O valor do montante em prejuízo chega a quase um terço do rombo da empresa, de acordo com Florentino. Só na capital, o montante passa de duzentos milhões de reais.
“O total chega perto de R$ 350 milhões. Esse valor, só em Teresina, com dezesseis faturamentos, que dá um total médio de R$ 240 milhões. São os valores que a Agespisa tem a receber e não pode fazê-lo porque não há interesse político para que os profissionais possam desenvolver uma técnica de cobrança”, conclui o presidente.
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