HERÁCLITO DIZ VALER MAIS QUE R$ 100 MIL

por Lídia Brito

O deputado Heráclito Fortes voltou a defender que não recebeu propina da empreiteira Odebrecht, mas sim, doações devidamente declaradas à Justiça Eleitoral. Durante tradicional café da manhã concedido à imprensa, o parlamentar disse valer mais que os R$ 100 mil, que ele teria recebido segundo delator, o ex-diretor da empresa, Cláudio Melo Filho.

O parlamentar tentou mostrar tranquilidade ao ser questionado sobre o assunto. Ele disse ter ficado triste por achar que vale mais que os R$ 100 mil que recebeu da empresa. “Fiquei triste de só valer R$ 100 mil. Tenho uma imagem de 34 anos de Congresso Nacional e 40 anos de vida pública. O delator não diz que eu fiz negócio, afirma que sou influente, tenho boas ligações e era vantagem para empresa ter um deputado como Heráclito Fortes. E citou uma coisa que me deixa feliz é que ele cita um episódio que envolvia um funcionário da Odebrecht que foi sequestrado no Iraque. Onde entramos em contato com a empresa pela causa humana e não pessoal”, se defendeu.

Deputado Heráclito Fortes disse valer mais que R$ 100 mil (Foto:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Heráclito Fortes defendeu a necessidade de mudança na regra das delações. Segundo ele, o atual modelo gera uma insegurança e prejudica a estabilidade política e econômica do país.

“É preciso mudar. O país não pode parar devido uma delação. A Lava Jato é necessária, mas precisa ser mais rápido. Hoje a operação ocorre em conta-gota. Os responsáveis soltam fatos ao bel-prazer. O bom era divulgar logo tudo para que o país apurasse e punisse e pudesse viver em paz”, disse.

Parlamentar defendeu a política econômica de Michel Temer (Foto:Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Ele defendeu as medidas econômicas tomadas pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. “Se você se lembrar estamos passando pelo mesmo processo pelo qual o Itamar Franco passou e fez Fernando Henrique como sucessor. O Brasil estará seguro se a economia for domada. 2016 foi um ano tumultuado, mas foi um ano bom para o Brasil. Temos que continuar fazendo com que no próximo ano as reformas continuem, o Brasil atrasou 14 anos essas reformas. O país foi ficando sem governo. Criou-se uma falsa ilusão que as questões sociais estavam resolvidas, quando na verdade não estavam. É preciso recuperar esse tempo perdido”, afirmou. 

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