por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) contestaram publicamente a nota divulgada pelo Governo do Estado em meios de comunicação em que anuncia que tomará as medidas cabíveis para que as aulas da instituição voltem a funcionar. Paralisada a mais de um mês, a UESPI ainda não chegou em um acordo definitivo com o governo que resolva todas as demandas dos professores e servidores e decidiu que, mesmo com o aviso do governo, continuará com a greve.

Em contrapartida, o governo anunciou na nota divulgada que, mediante as pautas apresentadas, soluções específicas foram tomadas para resolver as pendências. Em documento enviado pelo reitor da instituição, Nouga Batista ao comando de greve, é enumerado uma lista com seis comprometimentos do Governo.

Os professores contestam e afirmam que as medidas do governo não contemplam de maneira geral as reivindicações e sustentam que devem continuar a greve. “É mentira o que o governo está divulgando. Não houveram avanços com relação à proposta. O governo não aceitou nem montar uma mesa para discutir o aumento salarial dos professores”, afirma Lucineide Barros, da Associação de Docentes da UESPI.

O secretário de Administração e Previdência do Estado, Franzé Silva, afirma que a greve é um direito dos professores e que a justiça deverá avaliar a ilegalidade do movimento. Ele defende ainda que todas as medidas administrativas anunciadas pelo governador na proposta enviada ao reitor serão mantidas, mas que os professores ainda não definiram a pauta que desejam discutir.

“O que o governador colocou em pauta na mesa será cumprido. Em relação às medidas administrativas tudo já está sendo cumprido. Agora os professores precisam resolver o que querem para que as decisões sejam tomadas”, afirma o secretário.

Em nota, Associação de Docentes da UESPI contestou a divulgação do Governo na imprensa e reafirmou a greve.