por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo
O governador Wellington Dias (PT) apresentou na manhã desta sexta-feira (17) uma carta bem otimista sobre a situação político e financeira do país durante o Encontro dos Governadores do Nordeste, que acontece desde ontem (16) em Teresina. O texto, lido pelo próprio governador, soou como uma bandeira em favor da presidenta Dilma Rousseff e contrapõe o clima de golpe, de acordo com o Wellington.
A carta tratou de pontos mais polêmicos do momento político, mas com um tom suave e animado. “Mais uma vez, vamos vencer! Com muito trabalho, fazendo o que precisa ser feito. Vamos retomar o desenvolvimento econômico e social com responsabilidade ambiental. Vamos sair maiores e melhores”, destaca o texto logo no início.
A carta não refletiu no entanto o pensamento de todos os governadores presentes, que insistiram em tom de cobrança ao governo federal em alguns momentos do Encontro. Muitos governadores chegaram a pedir mais apoio do Governo Federal no que diz respeito à recursos de combate à seca e financiamento para a Segurança pública.
O governador defende também no texto que é preciso mais paciência com o governo de Dilma e que é preciso esperar para colher os resultados de um governo que tem convivido com crises. “O mandato de quatro anos determina um prazo para que os compromissos de campanha sejam cumpridos, para que os desafios sejam vencidos, os ajustes sejam feitos, os projetos sejam implementados e os resultados sejam colhidos. E isso exige respeito às regras constitucionais”, destaca um dos parágrafos.
No texto, Wellington ainda criticou o que ele chamou de “judicialização da política” e “politização da justiça”, defendendo que esse tipo de ação desfavorece a democracia. “Definitivamente, não será pela via tortuosa e desconstitutiva da judicialização da política, da politização da justiça ou da parlamentarização forçada que faremos avançar e consolidar o processo democrático, a importância social das instituições do Estado de Direito e a superação do desafio civilizatório de nosso tempo e de nosso país”, aponta.
Veja a carta na íntegra:
ACREDITAMOS NO BRASIL
O Brasil é maior que as crises, é maior que as dificuldades. Já provou isso várias vezes. E todos nós temos de ser do tamanho do Brasil. O momento é de grandeza. A situação é delicada? Sim. No Brasil e no mundo. Também enfrentamos, como governadores e vices, grandes desafios nos nossos Estados. Mas, o Brasil e os brasileiros já enfrentaram momentos mais difíceis, e vencemos.
Mais uma vez, vamos vencer! Com muito trabalho, fazendo o que precisa ser feito. Vamos retomar o desenvolvimento econômico e social com responsabilidade ambiental. Vamos sair maiores e melhores.
A hora é de união do setor público com o setor privado, das instituições com a sociedade, da política com o povo. O que queremos é ampliar a democracia, o fortalecimento das instituições, mais conquistas e avanços. Retrocesso, nunca mais. Defendemos, sobretudo, o respeito à Constituição Cidadã de 1988.
O povo brasileiro elegeu e reelegeu a primeira mulher presidenta, Dilma Rousseff, e o seu vice-presidente Michel Temer, a quem confiou governar o Brasil. No mesmo momento em que elegeu todos nós, governadores e vices para governar os nossos estados. O mandato de quatro anos determina um prazo para que os compromissos de campanha sejam cumpridos, para que os desafios sejam vencidos, os ajustes sejam feitos, os projetos sejam implementados e os resultados sejam colhidos. E isso exige respeito às regras constitucionais.
Definitivamente, não será pela via tortuosa e desconstitutiva da judicialização da política, da politização da justiça ou da parlamentarização forçada que faremos avançar e consolidar o processo democrático, a importância social das instituições do Estado de Direito e a superação do desafio civilizatório de nosso tempo e de nosso país.
Nossa geração enfrentou a ditadura militar, deu a volta por cima, e tem um papel importante na construção de um Brasil melhor. Fizemos isto, juntos, como governo ou oposição. Juntos, unidos e fortalecidos, vamos seguir em frente.
Viva o povo brasileiro!
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