Dilma diz que país sairá da crise em 'curto prazo'

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (20) que, se o Congresso Nacional aprovar o ajuste fiscal sugerido pelo governo federal, o país sairá da crise econômica no "curto prazo". Segundo ela, o momento de dificuldade econômica é "temporário".

O ajuste fiscal enviado pelo Executivo federal ao Congresso Nacional envolve medidas que o governo pretende adotar para reduzir os gastos e reequilibrar as contas públicas. Entre essas medidas, estão a redução da desoneração da folha de pagamento das empresas e a mudanças nas regras de acesso a benefícios trabalhistas, como o seguro desemprego e pensão por morte.

"Juntos, aprovando o ajuste [fiscal], sairemos disso num curto prazo. Por isso, é importante aprovar o ajuste, porque ajustar é da vida. Todo mundo faz isso. Não estamos ajustando porque gostamos, mas porque o país tem de continuar crescendo, gerando emprego e fazendo políticas sociais", discursou a presidente.

Desde o início da manhã, integrantes do MST se concentravam no local para aguardar a chegada da presidente. Além dos bonés e camisetas do movimento, foram vistos bandeiras e adesivos do PT entre os presentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, havia pelo menos 5 mil pessoas no local, que gritam palavras de apoio à presidente. Antes dela discursar, a plateia entoou o grito "Ole, ole, olá! Dilma, Dilma!".

No evento, Dilma destacou que o momento é de dificuldade, mas "passageiro e conjuntural". Para a presidente, tem gente que "aposta contra o Brasil" e no "quanto pior, melhor", como havia feito em outros discursos. Ao se dirigir aos "pescadores de águas turvas", Dilma disse não se interessar pelo o que eles querem.

"Você não pode apostar contra o seu país. Só poderemos superar essa situaão momentânea de dificuldade juntos", acrescentou.

MOMENTOS TENSOS
Dilma disse ainda que o Brasil viveu nos últimos meses momentos "bastante tensos". Ao defender o ajuste, a presidente voltou a dizer que nos últimos anos o governo absorveu os efeitos da crise econômica mundial. Ela citou as desonerações da cesta básica e da folha de pagamento das empresas.

A presidente, porém, enfatizou que o governo "não tem como continuar absorvendo tudo". "E nós não estamos pedindo para ninguém assumir toda a responsabilidade. O que estamos dizendo é que algumas coisas nós continuaremos assumindo, como a desoneração da cesta básica, responsável por um valor significativo", disse.

Dilma inaugurou na manhã desta sexta uma unidade de secagem e armazenagem de arroz em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Saudada por integrantes do MST, ela defendeu a produção agroecológica, a agricultura familiar e elogiou a atuação em cooperativas.

ATIVIDADES
O desenlace da fita inaugural foi a segunda atividade da presidente em Eldorado do Sul nesta sexta. Minutos antes, ela participou da colheita de arroz ecológico em um assentamento no MST. Dilma estava acompanhada dos ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário).

Fonte: G1

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