DEPUTADOS DO PIAUÍ BUSCAM ACORDO SOBRE DIVISÃO DE CARGOS

Rodrigo Martins afirma que deputados esperam interlocutor (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

por Lídia Brito

A bancada do Piauí em Brasília ainda não se definiu sobre a divisão dos cargos federais no estado. Em entrevista ao Política Dinâmica, o deputado federal Rodrigo Martins explicou que falta o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), indicar um interlocutor para tratar do assunto com os parlamentares.

No passado, quando exercia a função de vice da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Temer chegou a fazer esse papel de interlocutor entre o Planalto e os parlamentares na divisão dos cargos federais. Rodrigo afirma que os deputados acreditam que na gestão Temer esse processo será menos traumático do que ocorreu com Dilma, quando o governo passou meses para resolver a questão e entrou em conflitos com vários deputados.

“Nós tivemos uma primeira conversa, mas não chegamos a nenhum acordo. Isso ocorre porque ainda dependemos da definição de um interlocutor por parte do presidente. Será a pessoa desse interlocutor que irá conversar com a bancada e ajudar nesta definição”, declarou.

Deputado avalia primeiros dias do governo Temer (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Rodrigo Martins negou a informação de que o ex-governador Wilson Martins (PSB) iria assumir a direção do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Segundo ele, não existe nenhuma conversa nesse sentido. “O Wilson encontra-se na Inglaterra e deve retornar neste domingo (22). Mas não tratamos nada sobre isso. Fiquei sabendo dessa história pela mídia”, comentou.

GOVERNO TEMER

O deputado avaliou os primeiros dias da gestão do presidente Michel Temer. Ele afirma que o peemedebista apresentou um “cartão de visitas positivo”, mas demonstrou preocupação com a escolha do deputado André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara. Os deputados questionam que o parlamentar do PSC tem fortes ligações políticos com o presidente da Casa afastado, Eduardo Cunha (PMDB).

“Os deputados não aceitam essa ligação com Cunha. A Casa quer se desvencilhar da imagem e de qualquer ligação com Cunha. O problema é que o líder faz essa ponte entre a Câmara e o presidente e ter relações com o Cunha é muito ruim. Vamos esperar para saber que atitude o presidente irá tomar com relação ao protestos dos parlamentares”, comentou. 

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