Por Gustavo Almeida
Alguns deputados estaduais do Piauí afirmam que a presença do senador Ciro Nogueira (PP) e do deputado federal Heráclito Fortes (PMDB) não deve prejudicar os dois políticos nas eleições do próximo ano. Eles dizem que é preciso ter cautela e ressaltam que a partir de agora é que iniciam as investigações para mostrar quem é culpado e quem é inocente.
“Agora é o momento do senador Ciro e do Heráclito fazerem suas defesas. Ninguém pode acusar sem dar o direito de defesa. Até o momento eu não vejo nada que possa atrapalhar a eleição de qualquer um deles, até porque tem que ter provas. Vamos ver se existem provas concretas para incriminá-los. Ainda é muito cedo para fazer um julgamento”, falou o deputado estadual João Madison (PMDB).
Já o deputado Júlio Arcoverde (PP), partidário de Ciro Nogueira, afirmou que o senador está tranquilo e também não acredita em prejuízos nas eleições. Ele avalia que a divulgação da lista não é positiva para todos os partidos citados, mas pondera que trata-se apenas da abertura de um inquérito e que a partir de agora o senador poderá se defender, pois tem ciência da denúncia.
“Quanto ao PP, nós estamos muito tranquilos e até mais aliviados. A partir de agora a gente vai ter ciência para que possamos nos defender de algum tipo de acusação. O senador Ciro está absolutamente tranquilo e pronto para responder a esse inquérito. Acho que não interfere [no processo eleitoral] até porque é apenas uma denúncia”, falou.
O deputado João de Deus (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que ainda é cedo para dizer no que o caso vai resultar. Ele lembrou que a Justiça poderá levar um bom tempo para julgar todos os processos.
“A Justiça vai ter estrutura para julgar esse povo todo agora antes do processo eleitoral? É uma pergunta que ainda não temos resposta. Eu acredito que muitos deles estão até apostando que a Justiça, junto com a Polícia Federal e o Ministério Público, não terá pernas para fazer essas investigações o mais rápido possível. De qualquer forma vai caber ao eleitor fazer a sua análise de consciência”, disse o deputado.
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