O deputado federal Flávio Nogueira (PDT) usou as redes sociais neste sábado (24) para fazer uma reflexão sobre a Amazônia. A postagem do político inicia com uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro, mas aponta fatos históricos para classificar como hipocrisia a posição de países que agora posam de "humanitários" e que se acham donos do mundo.

Nogueira lembra que esses países fizeram grandes plantações de grãos e árvores frutíferas onde antes eram matas virgens. E foi além: disse que o raciocínio serve para a escravatura, assinalando que foram os países hoje ricos os pioneiros no tráfico e no comércio de servidão humana, mas que, após atingirem seus objetivos econômicos, posaram de bons moços.

O parlamentar encerra defendendo a conservação do verde das matas, cor retratada na bandeira. No entanto, lamenta que o amarelo do ouro pátrio já tenha amarelado pela espoliação estrangeira dos países ricos que hoje se dizem preocupados com a Amazônia.

Leia o texto de Flávio Nogueira na íntegra.

"Sabe-se que o Capitão não fala coisa com coisa, propositalmente ou não. Mas uma coisa é outra coisa. O Brasil destaca-se mundialmente como um país que preserva o meio ambiente, apesar do desmatamento que vem aumentando na região Amazônica. Tudo fruto de campanha incessante de conservação ambiental.

Os países desenvolvidos construíram indústrias e fizeram grandes plantações de grãos e de árvores frutíferas onde antes eram matas virgens. O mesmo raciocínio serve para a escravatura. Foram pioneiros nesse indecente tráfico e comércio de servidão humana. Mas depois de atingirem seus objetivos econômicos (ficaram mais ricos com a agricultura e o comércio, que tinham a escravidão como condutora e propulsora de desenvolvimento), posaram de humanitários e xerifes que singravam mares à procura de navios negreiros. Hipocrisia. É o adjetivo apropriado para os que se acham donos do mundo.

Entretanto, a maioria dos brasileiros não concorda com o desmatamento aloprado que se verifica na nossa Amazônia. Quer para a formação de campos agrícolas ou pra “extração” de madeiras de lei. Vamos conservar o verde de nossas matas -que a nossa bandeira simboliza altaneira-, já que o amarelo do ouro pátrio amarelou pela espoliação estrangeira".