O secretário executivo de Planejamento de Teresina, Daniel Pereira, esclareceu em entrevista ao Política Dinâmica a polêmica sobre o aumento dos salários do prefeito, vice, vereadores e secretários. Segundo ele, a decisão foi da Câmara Municipal, ainda em março de 2024, quando aprovou por unanimidade um decreto legislativo que fixou os valores para o quadriênio 2025-2028. “O prefeito Sílvio Mendes apenas ratificou a medida, atendendo recomendação do Tribunal de Contas. Se não o fizesse, poderia incorrer em crime de responsabilidade”, explicou.
Pereira reforçou que não houve iniciativa pessoal do prefeito para elevar o próprio salário. A medida, segundo ele, segue a regra que estabelece o vencimento do prefeito como teto para vereadores e secretários. “Não tinha como aumentar o salário dos vereadores sem aumentar o do prefeito. Foi um efeito cascata previsto em lei”, afirmou.
O secretário também destacou que a maior “obra” da gestão até agora não é de concreto, mas fiscal: a redução do rombo herdado de mais de R$ 370 milhões. Segundo Daniel, a prefeitura conseguiu amortizar mais de R$ 200 milhões em dívidas e reorganizar as finanças, pagando fornecedores e servidores em dia. “Se não fosse esse ajuste, os mesmos recursos poderiam estar bancando até dez novas pontes na cidade. Mas o momento exige responsabilidade”, afirmou.
Sobre críticas e ruídos políticos, Daniel garantiu que a relação com a Câmara é institucional e que não há confronto. Ressaltou ainda que todas as medidas de austeridade têm sido acompanhadas pelos órgãos de controle e que já foram encaminhados processos com suspeitas de irregularidades ao Tribunal de Contas. “A população vai sentir os efeitos positivos desse ajuste. Estamos pavimentando o futuro com responsabilidade”, concluiu.
Veja a entrevista completa:
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