Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Um impasse se coloca mais uma vez no que diz respeito ao sistema prisional do Piauí. Enquanto a Polícia Civil do Piauí, o GRECO e Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública dizem que presos estariam comandando crimes a partir do presídio, o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, diz desconhecer o fato.

Para Daniel Oliveira a informação está “distorcida”. Em entrevista ao Política Dinâmica, na manhã desta sexta-feira (24), ele afirmou que os detentos da Irmão Guido seguem custodiados pelo estado e que o único acesso que tem se refere às visitas familiares e de advogados.

“Nada além disso. Garantir e permanecer nesse sentido é um cumprimento e uma obrigação legal. Eu desconheço e não reconhecemos esse tipo de declaração que os presos, os gêmeos no caso, estariam comandando quaisquer crimes a partir da custódia do estado no sistema prisional”, declarou.

Sobre um plano especial para conter ações deste tipo, o secretário explicou que, à frente da pasta, tem garantido a custódia e segurança do sistema prisional. Daniel reafirmou ainda que a Sejus segue com uma Operação de Carnaval para evitar fugas, mortes e outros incidentes nos presídios.

ENTENDA O CASO

A Polícia Civil do Piauí deflagrou a Operação Tsunami, na manhã da quarta-feira (22), com o objetivo de desmontar uma organização voltada à realização de assaltos à residências de empresários, médicos, comerciantes e empresas, além de explosão de caixas eletrônicos na cidade de Luís Correia. As investigações foram iniciadas há dois anos e a operação cobre as cidades de Parnaíba e Teresina.

Dois irmãos conhecidos como “Gêmeos”, detentos da Penitenciária Regional Irmão Guido, são acusados de comandar vários crimes de dentro do presídio. Segundo informado pela assessoria da Polícia Civil, os Gêmeos vinham se articulando com outros criminosos de Parnaíba e Teresina para a realização de assaltos no litoral do estado.

Com informações da ASCOM/Polícia Civil.