CORONEL DIEGO "GANHA" 300 MIL PARA CAMPANHA

O candidato a Governador do Piauí, coronel Diego Melo (PL), recebeu R$ 300 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para dar início à sua caminhada rumo ao Palácio de Karnak. O candidato é do mesmo partido e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) que disputa a reeleição. 

Diego Melo recebeu R$ 300 mil do Fundo Especial, mas diz que dinheiro veio por conta da doação de um amigo para sua campanha (foto: Jailson Soares/ PD)

Recentemente, em um direito de resposta à uma matéria publicada no portal de notícias Lupa 1, Diego Melo disse que sua candidatura “não usará os valores provenientes do Fundo Eleitoral e Partidário, de modo que fará toda caminhada eleitoral com auxílio financeiro de doações devidamente registradas pelo setor contábil que o acompanha e publicizadas conforme determina a legislação”.

Porém, em entrevista ao Política Dinâmica, o coronel Diego revelou que o dinheiro que chegou para sua campanha (R$ 300 mil reais) são sim do Fundo Especial (FEFC). Mas, o valor seria uma forma de compensação que o partido estava lhe repassando por ter conseguido uma doação de uma pessoa física para o diretório nacional.

“Um amigo queria me fazer uma doação. Mas, ele não estava conseguindo de forma alguma doar para conta da minha campanha. Por isso, ele acabou tendo que que fazer uma doação para o fundo nacional do PL nacional e o partido me fez esse repasse como forma de compensação por essa doação que conquistei”, explicou o coronel Diego.

UM AMIGO REAL

O coronel não disse quem seria esse amigo, porém, informou que o mesmo não mora no Piauí. O candidato destacou ainda que essa doação teve que ser feita dessa forma devido ao pouco tempo de campanha. Ainda segundo Diego Melo, o valor recebido, que segundo o Divulgacandcontas do TSE é de R$ 300 mil, será usado para as despesas de campanha majoritária do PL no Piauí.

Amigo de Diego Melo doou verba para a sigla nacional e PL nacional compensou destinando R$ 300 mil para campanha de Diego no Piauí (foto: reprodução DivulgaCadContas)

Como não conseguiu a doação direto para sua conta de campanha, Diego disse que a solução mais ágil seria a doação para cúpula nacional, pois precisava com rapidez dos recursos porque têm materiais de campanha que precisam ser pagos, como santinhos, gravações de vídeo e áudio para as propagandas políticas nas mídias sociais e na TV, visto que propaganda política vai começar no dia 26 de agosto.  O candidato do PL terá o tempo total de 47 segundos de propaganda eleitoral gratuita (veja o tempo de cada candidato!).

Diego Melo revelou ainda que o partido tem dificuldades quanto aos recursos do Fundo Eleitoral Especial, visto que o valor conquistado pelo PL será, praticamente, todo usado para campanha nacional de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Quanto a recursos do fundo a serem destinados para os candidatos a cargos proporcionais (deputados estaduais e federais) no Piauí, o candidato a governador disse acreditar que não haverão recursos do fundo.  

Segundo o site do TSE, os partidos políticos no Brasil contam com duas fontes de recursos públicos para financiar as campanhas dos seus candidatos nas eleições: o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), também conhecido como Fundo Eleitoral, e o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o Fundo Partidário.

Coronel Diego revelou que verba de R$ 300 mil é somente para sua campanha majoritária e acredita que não terá verbas desse fundo para as campanhas proporcionais do partido no Piauí (foto: Jailson Soares/ PD)

O Fundo Eleitoral foi criado em 2017 pelas Leis aprovadas pelo Congresso Nacional. Com a proibição de doações de pessoas jurídicas estabelecida por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2015, o Fundo Eleitoral tornou-se uma das principais fontes de receita para a realização das campanhas eleitorais.

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