CIDA SANTIAGO FALA SOBRE ABORTO EM SESSÃO DA CÂMARA

Cida Santiago levou o tema ao plenário e se colocou contra o aborto (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira 

A vereadora Cida Santiago (PHS) foi à tribuna da Câmara de Teresina nesta quinta-feira (5) para tratar de um assunto delicado e que divide opiniões: o aborto. Em 2014 ela propôs uma lei, que foi sancionada, onde institui o dia 8 de outubro como o Dia Municipal do Nascituro. Cida é conhecida por atuar em causas antiaborto e contra o ensino do que se convencionou chamar ideologia de gênero nas escolas.

“É muito incoerente ver políticos apoiando o aborto. Ressalto que dentre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente grave e detestável”, disse.

A postura da vereadora é contra o aborto em qualquer circunstância. Ela citou o Estatuto da Criança e do Adolescente e também o art. 5º da Constituição – que trata sobre a inviolabilidade da vida humana – e disse que o aborto leva à morte bebês “sem direito de defesa e sem julgamento”.

Cida levou também réplicas, em tamanho real, de bebês com 12 semanas de gestação. Uma ação semelhante foi feita durante a Jornada Mundial da Juventude, evento da igreja católica realizado em 2013 no Brasil.

Réplica entregue pela vereadora (Foto: Ananda Oliveira/PoliticaDinamica.com)

As 12 semanas são exatamente o período considerado seguro para a realização do aborto. Isso envolve também um entendimento da 1ª Turma do STF do final do ano passado, que dá precedente para outros casos e pode abrir caminho para a legalização. Em um caso específico, os magistrados entenderam que o aborto até os três meses de gravidez não podia ser considerado crime.

CONTRAPONTO
A discussão sobre o aborto, tema tão delicado, está longe de chegar a um consenso. A reportagem do Política Dinâmica não localizou, entre os parlamentares, alguém que pudesse falar sobre esse outro lado; mesmo assim as razões pró-aborto serão explicadas aqui.

Os argumentos que são diretamente contra o que é defendido pela vereadora Cida giram principalmente em torno da opção de escolha da mulher.

Ser pró-escolha não significa necessariamente que a mulher deseja fazer um aborto. Muitas vezes, aquelas pessoas que defendem o aborto não fariam um, mas entendem que essa é uma escolha da mulher.

Por uma série de motivos, como situação financeira, má-formação do feto e estupro, a mulher pode desejar o aborto. Para os movimentos pró-escolha, ela deve ter o direito assegurado pelo Estado, com toda segurança e garantias possíveis.

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