por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo
Esclarecer as contas do Governo e tentar mostrar a situação financeira real do Estado foi a missão do secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, em reunião da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa (Alepi). A estimativa do secretário foi clara, embora não tenha convencido a maioria dos deputados da casa. Rafael mostrou que o aperto continua, mas garantiu que 2016 será melhor.
Segundo o relatório financeiro do segundo quadrimestre deste ano, apresentado pelo secretário, um crescimento real negativo das receitas correntes líquidas de 6% já foi demonstrado.
“A queda do fundo de participação dificultou ainda mais a situação, que continua delicado, para mantermos a folha de pagamento em ordem. Temos boas notícias nos gastos com saúde e educação, mas ainda tem muita coisa pra ser feito”, afirmou o secretário.
Rafael ainda colocou que o maior problema enfrentado pelo estado hoje ainda é a despesa com pessoal. Próximo do limite prudencial mais uma vez, a folha de pagamento ainda não se estabilizou.
“A despesa com pessoal é a maior despesa do Estado. E nós temos o limite, também, que estamos bem próximo. No início do ano tivemos esse problema, então estamos tendo cautela sobre a folha de pessoal e chamamento”, completa.
Em resposta ao deputado Evaldo Gomes, o secretário afirmou que diminuir o número de secretarias do Governo não traria grande impacto positivo nas contas, mas disse que, caso a crise continue, medidas assim também deverão ser tomadas.
“A redução de secretarias é pouco relevante. O Governo Federal está fazendo isso, porque lá a situação é bem pior. Mas no Piauí o impacto seria muito pouco. Estamos trabalhando para irmos atrás de lugares que rendem mais receita”, finalizou.
Comente aqui