Temer diz que Lava Jato não deve tomar conta do país

 Em visita à Curitiba, na manhã desta quinta-feira (28), o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse que a Operação Lava Jato não pode ser algo que toma conta do país. Pela capital paranaense, ele começou o trabalho para costurar a reeleição ao cargo de presidente do PMDB – posição que ocupa desde 2001.

"Não se deve tomar a Lava Jato como algo que deve tomar conta do país. Ela toma conta, sim, das funções do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público, que estão agindo segundo suas competências constitucionais, mas isso não deve embaraçar a administração e a atividade política do país, que hoje é um estado democrático de direito", afirmou.

Temer garantiu ainda que, caso as investigações comprovem os devios de dinheiro da Petrobrás, verá tudo com "olhos de quem vê escândalo".

Por fim, o vice-presidente acrescentou que vê a Lava Jato como um momento democrático do país, 30 anos após a redemocratização. "Temos que esperar as apurações, o que vem sendo feito com muita racionalidade e tranquilidade. Significa que as instituições do país estão funcionando. Se não estivessem, não haveria essas apurações", argumentou.

Crise financeira
Quanto à crise, Temer disse que a união de todos é necessária. "Já propus muitas vezes que o Brasil pacifique suas relações na sociedade. Não é possível que caminhemos para uma divisão no Brasil entre A, B, C e D. O Brasil tem uma crise e ninguém ignora esse fato", disse.

Ainda de acordo com o vice-presidente, este também deve ser o tom da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, o "Conselhão", que faz parte da estratégia do governo federal para encontrar alternativas para superar a crise.

"Hoje ainda, a senhora presidente vai pleitear isso, uma pacificação do país. Precisamos da colaboração da iniciativa privada, dos trabalhadores e de todos os setores. Sem essa unidade não é fácil driblar a crise", afirmou.

Fonte: Uol. 

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