'Sou contra o PMDB indicar ministros', diz Cunha

presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (23) ser contra o PMDB indicar nomes para a reforma ministerial elaborada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, não é a distribuição de cargos que vai garantir apoio para aprovar o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).

Em um esforço para recuperar o apoio da base governista, Dilma ofereceu à bancada do PMDB na Câmara o comando do Ministério da Saúde – pasta que é dona de um dos maiores orçamentos do Executivo federal – e de uma nova pasta que irá centralizar a área de infraestrutura. O convite foi feito ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ).

Após uma reunião de quase duas horas nesta terça (22), os deputados peemedebistas decidiram, por 42 votos a 9, indicar nomes da bancada para os dois ministérios oferecidos pela presidente da República.

“Defendo que o PMDB saia da base do governo, se puder sair, logo. Então, eu sou contra o PMDB indicar ministros”, declarou Cunha nesta quarta ao ser questionado por jornalistas sobre a decisão da bancada peemedebista.

O presidente da Câmara criticou ainda que a distribuição de pastas seja vista como uma maneira de garantir apoio no Congresso e conseguir aprovar a recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), medida que faz parte do pacote de ajuste fiscal enviado ao Congresso. “Não é reforma ministerial, não é dar mais ou menos ministério que vai fazer, vai mudar a posição da Casa de aprovar uma CPMF”, argumentou.

Como a maioria dos deputados peemedebistas avalizou as indicações, Eduardo Cunha disse que vai respeitar a decisão da bancada.

Fonte: G1.

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