Para Cunha, governo terá de 'explicar bem' nova regra

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (18) que o governo vai ter que "explicar bem" para o Congresso a nova regra para aposentadoria proposta em medida provisória editada nesta quarta pela presidente Dilma Rousseff.

O texto do governo substitui, por enquanto, alteração no fator previdenciário aprovada no Congresso, mas vetada pela presidente.

A proposta dos parlamentares estabelecia a chamada “fórmula 85/95”, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 anos (homens).

Na MP de Dilma, a fórmula para calcular a aposentadoria varia progressivamente com a expectativa de vida da população – que, em tese, aumenta a cada ano - começando em 85/95.

No entanto, o veto da presidente pode ser derrubado pelo Congresso, o que daria validade ao texto dos parlamentares. Ao ser questionado por jornalistas sobre o tema, Cunha disse que o governo terá um trabalho de "conscientização política" para mostrar que a nova regra é "boa" e evitar a derrubada do veto.

“Efetivamente, é um programa para o futuro. Eu acho que, se eles [o governo] trabalharem, explicarem bem, pode ser que consigam ter um apoiamento [no Congresso], mas, para isso, tem que evitar a derrubada do veto antes”, observou, acrescentado: “Vai ter que ser um trabalho político de conscientização do governo, mostrando que é uma regra boa para o país porque nós temos que pensar no país em termos de futuro”.

Mesmo dizendo que o governo vai ter que evitar a derrubada do veto, Cunha afirmou dá um "voto de confiança" ao texto produzido pelo Planalto.

“Se está se preservando aquilo que se desejava do 85/95, pode ser uma esperança de que se resolva o problema. Vamos ver. Vamos dar um voto de confiança”, afirmou.

Cunha criticou a demora do governo em propor uma solução para a questão e disse que “agora está correndo atrás de uma situação adversa” e pode não ter produzido o texto “mais adequado”.

“Pode ser até que nessa correria não tenha produzido um texto que mais adequado, mas aí o Congresso vai ter aqui 120 dias para trabalhar o texto que veio do governo”, afirmou.

Fonte: G1. 

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