MPF se mostra contrário a suspensão contra Youssef

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contrário ao pedido da defesa de Alberto Youssef para que fossem suspensos os processos e inquéritos policiais decorrentes da Operação Lava Jato que tramitam contra o doleiro na primeira instância.

Na petição, publicada nesta terça-feira (25), os procuradores justificaram que algumas das ações que constam no documento da defesa ainda não transitaram em julgado. A decisão sobre a suspensão dos processos cabe ao juiz federal Sergio Moro.

O pedido da defesa foi baseado no acordo de delação premiada firmado com o MPF, que prevê a suspensão das ações quando a soma das penas do doleiro atingir 30 anos. As penas somadas chegam a 43 anos, nove meses e dez dias de reclusão, conforme a defesa, o que possibilita a suspensão dos demais processos.

“Logo após o trânsito em julgado das sentenças condenatórias que somem o montante mínimo de 30 (trinta) anos de prisão (...) a suspensão em relação exclusivamente ao COLABORADOR de todos os processos e inquéritos policiais em tramitação perante a 13ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba, assim como daqueles que serão instaurados inclusive perante outros juízos, em decorrência dos fatos revelados a partir da presente colaboração”, justificam os advogados em um trecho do documento.

Em um trecho da petição, o MPF afirmou que "não estando preenchido o requisito imposto pelo acordo de colaboração firmado entre Alberto Youssef e o Ministério Público Federal (MPF), não se vislumbra possível, por ora, a suspensão da ação penal em comento no que respeita ao acusado, a qual deve, então, prosseguir em relação a todos os réus".

O doleiro também responde a pelo menos 14 ações na Justiça Federal. Destas, 12 são decorrentes da Lava Jato, e duas são do caso Banestado e foram reabertas pela quebra do acordo anterior.

Fonte: G1.

Comente aqui