A Justiça Federal negou o pedido do presidente da CPI da Petrobras, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), para que a comissão tenha acesso ao conteúdo da deleção premiada firmada entre Milton Pascowitch e o Ministério Público Federal (MPF).
O despacho, assinado pelo juiz Sérgio Moro, é de sexta-feira (10) e foi publicado no domingo (12).
Pascowitch é empresário e foi apontado pelas investigações da Operação Lava Jato como um dos operadores do esquema de corrupção e desvio de dinheiro da estatal.
O investigado relatou aos procuradores do MPF ter intermediado pagamento de propina ao ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu para que a Engevix, uma das empresas investigadas pela operação, mantivesse contratos com a Petrobras.
Esta não é a primeira vez que o Judiciário veta o acesso às colaborações de suspeitos de envolvimento nas fraudes da Petrobras. Os deputados obtiveram a mesma resposta quando pediram para ler a delação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
No ofício, Motta afirma que a comissão precisa ter acesso, com a "maior brevidade", às informações.
Ao decidir por indeferir o pedido, Moro destacou a importância do papel fiscalizatório da CPI, entretanto, afirmou que o sigilo é um imperativo da lei.
A negativa prevaleceu mesmo com o compromisso de Motta pela manutenção do sigilo.
Fonte: G1.
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