Domingo de protestos

Os organizadores dos protestos contra a corrupção e o governo da presidente Dilma Rousseff esperam realizar neste domingo (13) a maior marcha da história do país. Responsáveis pela convocação dos atos, integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem pra Rua anunciaram que haverá manifestações em pelo menos 503 cidades, ao menos 30 delas no exterior. São Paulo, com 128, Minas Gerais, com 68, e Santa Catarina, com 42, são os estados com protestos previstos em mais municípios.

Os atos deste 13 de março são os primeiros a contar com a participação oficial dos partidos de oposição, que pretende utilizar a pressão das ruas para acelerar o processo de impeachment de Dilma no Congresso. Lideranças do DEM e do PSDB, como os senadores Ronaldo Caiado (GO) e Aécio Neves (MG), confirmaram presença na manifestação em São Paulo. “Pode ser o domingo que mudou o Brasil”, disse Aécio ao convocar, em vídeo, os manifestantes. Os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) vão comandar um trio elétrico em Brasília ao lado do pastor Silas Malafaia.

Principal alvo dos protestos convocados para este domingo, a presidente usou ontem o Facebook para pedir que os manifestantes não façam provocações nem pratiquem atos de violência. Na mensagem, Dilma fez um “apelo pela paz e pela democracia” e defendeu o direito de todo brasileiro protestar. “É um desserviço para o Brasil, qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de vandalismo de qualquer espécie”, afirmou.

Movimentos ligados ao PT adiaram para os próximos dias 18 e 31 os atos que planejam realizar neste domingo em defesa de Dilma e do ex-presidente Lula. O adiamento foi pedido por órgãos de segurança e pelo próprio diretório nacional do partido para evitar confrontos entre manifestantes nas ruas. Ainda assim, algumas capitais como Porto Alegre e Fortaleza devem ter mobilizações pró e contra o impeachment.

Fonte: Congresso em foco

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