Subir 1,2% por dia não é tarefa fácil para ninguém. Fazer isso fazendo adversários caírem, menos ainda. Não foi o cenário que Wellington Dias prometeu a Marcelo Castro (MDB) no episódio em que deu a facada no deputado Themístocles Filho, trocando o vice dos emedebistas pelo Senado na chapa majoritária, cargo que só atente a um deles.

Nos bastidores da política, circulou a informação de que Marcelo estaria avaliando se ainda vale a pena "investir" na candidatura. O atual governador também sentiu o baque. Mas “Wellington Dias é habilidoso”, você já escutou alguém dizer. É sim. Tanto que para acalentar os mais realistas no entorno de Marcelo Castro -- e para não deixar o sentimento de derrota contagiar a sua própria campanha -- já prometeu ao ainda deputado federal que a Secretaria de Saúde é dele caso o emedebista perca perca.

O acordo já teria sido comunicado ao deputado Assis Carvalho (PT) que, historicamente, comanda a pasta. A Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), caso ainda exista num eventual 4º governo de Wellington Dias, também fica sob a tutela dele.

Ou seja: perdendo a eleição — e no caso de Wellington vencer — Marcelo passa a comandar o 2º maior orçamento do Estado.

É uma espécie de compensação. Um "pára-quedas".