O esquema investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Topique teve início no ano de 2009. Mas as investigações começaram numa fraude cometida na gestão de Paulo Martins (PT) em Campo Maior, durante o ano de 2013.
Naquele ano, José Ribamar de Carvalho — o Professor Ribinha, do PT, atual prefeito — era o secretário municipal de Educação. E usou recursos do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) para realizar pagamentos fraudulentos do transporte escolar da rede municipal.
Numa licitação que a Polícia Federal desconfia ter sido direcionada, a empresa LOCAR TRANSPORTES foi a vencedora. E recebia os pagamentos por um transporte escolar que não realizava, segundo as investigações da PF. Para que os alunos da rede municipal pudessem ser transportados, Ribinha passou a fazer uma outra contratação, “por fora”, em acordo feito verbalmente.
Como os recursos do FUNDEB já iam para a conta da LOCAR, Ribinha chegou a pagar o transporte feito no município como se fosse um serviço de buffet. Sim, Ribinha pagou transporte escolar pedindo nota fiscal de lanche e café da manhã.
Quando o prestador local de serviço se negou a emitir outras notas de comida para receber o dinheiro do transporte, Ribinha fez uma reunião entre ele, o dono dos ônibus em Campo Maior e o dono da LOCAR, Luiz Carlos (que foi preso quando a Operação Topique foi deflagrada).
O acordo teria sido o seguinte: para pagar uma dívida de R$ 11.550,00 com o transportador local, a LOCAR assumiria a dívida contraída verbalmente por Ribinha, mas pagaria em 3 vezes. Para isso, a LOCAR e a Prefeitura de Campo Maior simulariam o aluguel de uma picape, num valor de R$ 3.128,00 mensais, que seriam repassados à conta do prestador local não licitado tão logo a Prefeitura pagasse a LOCAR.
Foram pagas duas parcelas dessa maneira. Essa informação consta no depoimento espontâneo dado pelos prestadores de serviço à 3ª Promotoria de Justiça de Campo Maior quando a LOCAR se recusou a continuar os pagamentos e Ribinha insistiu para pagar o serviço de transporte escolar novamente com notas de lanches para eventos nas escolas.
Existem comprovantes de transferência bancária que provam os depósitos da LOCAR na conta do dono do ônibus.
Essa fraude foi o início da Operação Topique, que agora investiga o esquema que começou há quase 10 anos, dentro da segunda gestão de Wellington Dias no Governo do Estado. E que se fortaleceu na sua atual terceira gestão, na qual sua esposa, a deputada federal Rejane Dias ordenou as despesas da Secretaria de Educação relacionadas às mesmas empresas investigadas.
Políticos do PT licitando de modo fraudulento com empresas de gente filiada ao PT, com recursos de prefeituras comandadas pelo PT.
A casa vai cair.
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