LIBERA AÍ, LEVY!

LIBERA AÍ, LEVY!

No encontro com os governadores do Nordeste, que aconteceu nesta sexta-feira, (08), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mais ouviu do que falou. E o pouco que disse, na verdade não serviu para tranquilizar ninguém, de fato. Em conversa mais reservada com o ministro, o governador Wellington Dias, do PT, foi prático: já que não tem dinheiro do Governo Federal, que ele pelo menos facilite os empréstimos! O pedido de W.Dias é para que o ajuste fiscal não interfira para dificultar o acesso do Estado a financiamentos em instituições financeiras internacionais, uma vez que também não dá para depender do Banco do Brasil, da Caixa e do Banco do Nordeste.

O QUE PODE VIR?

Em conversa com o ministro, Wellington Dias ressaltou que o Piauí tem as condições de, nos próximos 4 anos, ter cerca de R$ 30 a 40 bilhões em investimentos novos. Ao ministro o petista não falou de caos administrativo nem problemas com as contas do Estado. Pelo contrário. Garantiu ao lado de seu secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, o equilíbrio que o próprio Governo Federal busca ter neste momento. “Pedi que tivessem continuidade as obras em andamento, apoio para as Parcerias Público Privadas e mais crédito para o Estado para que a gente possa fazer a nossa parte”, comentou o governador.

COISA PRO FUTURO

Fora isso, o otimista governador Wellington Dias, do PT, ressaltou que já foi um avanço um pré-entendimento por conta da nova divisão do ICMS, que deve passar a privilegiar o estado de destino. Em algum momento do futuro, estados como o Piauí, que compram mais do que produzem, poderão receber a maior fatia do ICMS.

A VELHA DESCULPA

O ministro Joaquim Levy, porém, fugiu de compromissos. Resumiu seu papel ao de “ouvidor”, na entrada, e ao de político em campanha, na saída. À imprensa, defendeu o ajuste fiscal e reconheceu que ele terá influência negativas, num primeiro momento, em todos os setores da economia. Levy também deu a desculpa de que, para enfrentar a crise, durante muito tempo, o Governo Federal segurou o “tranco”da crise sozinho, reprimindo aumento de preços, desonerando impostos e concedendo benefícios à população.

AS VELHAS PROMESSAS

Agora, segundo Joaquim Levy “não dá mais”. É, em suas palavras, “um momento de uma nova estratégia, porque o mundo mudou”. Ora! E, na saída do encontrou, presenteou governadores e jornalistas com promessas. Afirmou que o reequilíbrio fiscal vai gerar mais empregos e atrair novas empresas para Nordeste, terra cheia de oportunidades, inclusive na infraestrutura, com portos, aeroportos, terminais e geração de energia.

BALELA

Para o Piauí, esse discurso não cola muito, principalmente depois da presidente Dilma Rousseff, do PT, ter chutado o Piauí pro escanteio, tirando do estado a indicação do Banco do Nordeste. Ela tirou do Piauí o pouco que o estado teria a mais de investimentos para saciar a sede e a fome de espaços políticos do voraz PMDB. 

Comente aqui