“A INTENÇÃO NÃO É PROTELAR”

No meio da polêmica: Margarete coordena grupo de trabalho que gerou a discórdia entre Rodrigo maia e Sérgio Moro (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

Jurista reconhecida nacionalmente, em seu primeiro mandato como deputada federal a piauiense Margarete Coelho (PP) já está no meio de uma polêmica das grandes. Ela está presidindo o grupo de trabalho que analisa o pacote anticrime que o ministro da Justiça Sérgio Moro entregou à Câmara Federal e que se tornou uma queda de braço entre ele o o presidente da casa, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM).

Moro quer que o pacote anticrime tramite juntamente com a reforma da Previdência, o presidente da Câmara não quer. “Tramitar os dois ao mesmo tempo iria exigir um grande esforço”, comentou Margarete Coelho ao Política Dinâmica, ratificando o discurso de Maia.

Veja a entrevista:

A deputada federal foi vice do petista Wellington Dias no governo do Piauí entre os anos de 2015 e 2018. Ela é, também, gente de confiança do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, o partido com mais parlamentares alcançados no âmbito na operação Lava-Jato, sendo ele mesmo investigado pela Polícia Federal.

Margarete alega que o trabalho do grupo escolhido por maia pode acelerar a tramitação do pacote anticrime (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

Segundo ela, são dois projetos extremamente complexos. “Ele [o projeto] está tocando em vários pontos da vida da sociedade, da economia, enfim, do próprio Estado. (…) Não há qualquer interesse protelatório nisso”, alegou ao garantir que não há intenção de atrasar a votação do pacote na Câmara.

Margarete avalia que ao contrário do que tem sido dito, o grupo de trabalho pode ganhar tempo para a aprovação do pacote anticrime. Ela revela que são 5 projetos de lei tramitando na Câmara Federal com os mesmos objetivos. E que o presidente Rodrigo Maia escolheu os três mais “substanciosos” para serem a analisados. São os PLs 10372/18, 10373/18 e 882/19, um deles proposto por Moro.

O ponto aqui seria unir todos numa proposta unificada, debatendo ponto a ponto com a sociedade. Margarete revela que o grupo já adiantou muito serviço. “Temos um espelho de onde os projetos se antagonizam, se completam e se sobrepõem”, pontou.

O grupo tem prazo de 90 dias com a possibilidade de prorrogação para terminar o serviço. “Mas não temos a intenção de utilizar os três meses”, pondera Margarete.

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