JVC CRITICA AUMENTO DE IMPOSTOS

O empresário João Vicente Claudino tem acompanhado o cenário de caos nas contas do governo de Wellington Dias (PT). E se manifestou contra o aumento de impostos que o petista propõe como solução para fazer caixa para o Estado. JVC aponta que a gestão de W.Dias prioriza o gasto político e deixou a eficiência do gasto público em serviços para a população de lado.

“Faltou planejamento”, resume João Vicente. Ele comenta que todos os gestores que ganharam as eleições em 2014 e assumiram mandatos em 2015 já sabiam da crise que se apresentava. No caso do Piauí, JVC considera o caso mais grave. “Não é um marinheiro de primeira viagem. Wellington Dias está no seu terceiro mandato”, pondera.
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João Vicente é ex-senador da República. Durante 8 anos seu nome nunca esteve envolvido em qualquer denúncia de esquema ou suspeita de corrupção. Com o olhar de quem conhece o setor privado e o papel da gestão pública, lamenta que tenha faltado ao terceiro mandato de Wellington Dias preocupação com a principal função de um governo: o bem estar social.

Para o empresário o aumento de impostos pode frear o consumo e, assim, fazer com que pessoas sejam demitidas, o setor produtivo venda menos e, consequentemente, o próprio Estado arrecade menos. “O efeito do aumento de impostos pode ser o contrário do que se espera. De maneira imediata entra mais dinheiro, mas a economia do Estado, o comércio principalmente, pode quebrar. E isso fará o governo, em algum tempo, arrecadar muito menos”, explica.
JVC aponta que W.Dias criou cargos comissionados, estruturas políticas dentro do governo e chamou o maior número de suplentes da história mesmo num cenário que exigia controle e planejamento; "A gestão é desde o início focada na política", alega (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)João Vicente também questiona o fato de que Wellington Dias queira aumentar impostos sem que haja da parte do governo uma diminuição das próprias despesas. Ele aponta, por exemplo, a criação de cargos comissionados e coordenadorias em pleno ano de maior crise, com o intuito exclusivo de acomodar aliados de uma futura campanha eleitoral.
Os gastos da gestão de W.Dias são fundamentalmente políticos. A questão social foi deixada de lado. JVC cita o fato de que Wellington mudou metade da Assembleia para acomodar suplentes. “Não há caso parecido no Brasil”, frisa.

A desculpa de que o Piauí estaria sendo perseguido pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) também não cola, segundo João Vicente. “O Governo Federal liberou empréstimos de bancos oficiais, realizou convênios. Não há perseguição”.
JVC diz que W.Dias não pode culpar qualquer pessoa fora de sua própria gestão pela crise financeira e deveria reconhecer os erros antes de impor sacrifícios à sociedade (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)Mas ainda há tempo para W.Dias buscar uma saída digna e sincera para a crise. “Mas tem que ser com esforço real. Admite que está atrasado, mas que quer um esforço conjunto, com empresários, sociedade, mas com cortes de gastos inúteis do governo”, ressalta.
JVC também se mostrou bastante preocupado com os atrasos de fornecedores do Estado. Para ele, o “calote” neste caso está ficando generalizado e pode fazer com que a economia do Piauí entre em colapso real.

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