LIBERANDO O PRÉ-SAL

O senador José Serra (PSDB-SP) apresentou seu projeto que retira da Petrobras a exclusividade na exploração dos campos do pré-sal e passou a defendê-lo publicamente.

"O projeto elimina a obrigatoriedade, mas não elimina a possibilidade de a Petrobras ser a única operadora do pré-sal. A empresa não tem condição de assumir esse encargo. Se a exploração ficar dependente da Petrobras, não avançará", disse ele, sobre o texto que já tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Serra, que pretende retomar o modelo de concessões, afirma que seu modelo fortalece a companhia. "Eu espero apoio, porque o projeto é para fortalecer a Petrobras. Quem estiver realmente preocupado com a Petrobras e, não com bandeiras politico-eleitorais, deverá apoiá-lo".

No Senado, um dos apoiadores é o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). "Mais dia, menos dia, a ficha terá de cair no governo federal. Os fatos da vida real vão se sobrepor a essa visão ideológica de querer dar ao Estado um papel além do que este deve ter. Está evidente que precisamos flexibilizar esse sistema. O Brasil só perdeu, depois que saiu da concessão para a partilha, e a Petrobras também."

No entanto, dados da Petrobras apontam que a empresa vem batendo recordes sucessivos no pré-sal. O mais recente foi a produção de 737 mil barris/dia – volume alcançado em tempo recorde.

Leia, abaixo, texto da estatal sobre o pré-sal:

Chegamos à produção de mais de 700 mil barris por dia no pré-sal, em dezembro, apenas oito anos após a primeira descoberta na região, ocorrida em 2006, e apenas seis meses após a marca dos 500 mil barris diários de produção, obtida em junho de 2014. Essa produção comprova a elevada produção média dos poços da camada pré-sal e representa uma marca significativa na indústria do petróleo, especialmente porque os campos se situam em águas profundas e ultraprofundas.

Uma comparação com nosso próprio histórico de produção dá a dimensão desse resultado: foram necessários 31 anos para alcançarmos a marca de 500 mil barris diários de produção, o que ocorreu no ano de 1984, com a contribuição de 4.108 poços produtores. Comparando com a Bacia de Campos, foram necessários 21 anos para alcançar esse mesmo patamar, contando com a contribuição de 411 poços produtores.

Temos perfurado poços no pré-sal em tempo cada vez menor, sem abrir mão das melhores práticas mundiais de segurança operacional. Com a experiência adquirida e a introdução de novas tecnologias, reduzimos o tempo médio de construção de poços nos campos de Lula e Sapinhoá. A construção do poço 8-LL-38D-RJS, por exemplo, levou 92 dias – um tempo recorde. Outra importante conquista foi que alcançamos 100% de sucesso exploratório no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos em 2014, ou seja, encontramos óleo em todas as perfurações realizadas nessa área.

Fonte: Brasil 247

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