Saída de Gomes agilizará reforma ministerial

Depois de discutir com deputados no plenário e abandonar o recinto da Câmara em meio à sessão na tarde da última quarta-feira (18), o ministro da Educação, Cid Gomes, foi ao Palácio do Planalto e pediu demissão à presidente Dilma Rousseff, que aceitou.

O pedido ocorreu logo depois de o ministro participar na Câmara dos Deputados de sessão em que declarou que deputados “oportunistas” devem sair do governo.

Apesar do pedido de demissão, antes o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chegou a anunciar, ainda durante a sessão, a demissão antes mesmo de ter sido oficializada. "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil [ministro Aloizio Mercadante] comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", anunciou Cunha no plenário.

Depois, a Presidência da República divulgou nota oficial com o seguinte teor: "O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Ela agradeceu a dedicação dele à frente da pasta."

O Palácio do Planalto informou após a demissão de Cid Gomes que o secretário-executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa, comandará o Ministério da Educação interinamente. Costa já foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e foi secretário-executivo do MEC em 2014, quando a pasta era chefiada por Henrique Paim.

Reforma

Antes da confusão na Câmara e do pedido ou demissão de Cid Gomes, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou ontem (18) em entrevista ao jornalista Roberto D'Avila na GloboNews que uma reforma ministerial é cogitada no governo.
Temer disse que tem conversado sobre o assunto com a presidente Dilma Rousseff, mas ressalvou que uma eventual reforma "não vai responder aos anseios da população".

"Ela [a reforma ministerial] pode vir como, digamos assim, um efeito administrativo. Agora, dizer que uma reforma ministerial vai responder aos anseios da população, não me parece que seja assim", declarou Temer.

Com a saída de Gomes, agora a reforma se faz iminente, já que ase faz necessária a substituição imediata do Ministro da Educação e pode-se aproveitar a deixa e já adiantar outras mudanças pensadas pelo Governo.  

Com informações do G1

Demissão 

O ministro Cid Gomes (Educação) pediu demissão nesta quarta-feira (18) à presidente Dilma Rousseff. A informação foi confirmada pela Casa Civil.

Pouco antes, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já havia antecipado na tarde desta quarta-feira (18) que o ministro tinha sido demitido.

Cid foi convocado pela Câmara para explicar a declaração dada na Universidade Federal do Pará em que disse: "Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas".

Ao pedir desculpas aos parlamentares, Cid cobrou da base aliada novamente o apoio a matérias de interesse do Governo. "Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do Governo", disse Cid.

Cid Gomes era esperado para a posse da deputada federal Rejane Dias (PT) na Secretaria de Educação do Estado. Não deve comparecer ao evento.

com informações de UOL

Comente aqui