Frustração e alívio

por Maura Vitória e Viviane Menegazzo

Em entrevista à TV Clube na manhã desta sexta-feira (29), o deputado federal Marcelo Castro (PMDB), relator da reforma política na Câmara dos Deputados, não esconde sua frustração pela rejeição da sua proposta de reforma pela Câmara. Como relator, Marcelo Castro percorreu 20 estados do Brasil para discutir a PEC e, no momento da votação, sua proposta foi deixada de lado e descartada por influência do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB).

Foto: Divulgação

O mal estar entre os dois políticos é visível, e os dois trocaram farpas pela imprensa. Apesar da frustração em um primeiro momento, Marcelo se diz aliviado por não terem sido aprovadas as mudanças pretendidas pelo presidente Eduardo Cunha e afirma que o que foi aprovado até agora, não passa de mudanças insignificantes. “Se tivermos aprovados as mudanças que o presidente queria, nos teríamos regredido’’, diz Marcelo.

Sobre as mudanças aprovadas, o deputado federal declara que são muito pequenas e tímidas e que o sistema eleitoral do Brasil é anômalo, ou seja, não existe em nenhum outro país no mundo e prejudica o desenvolvimento do país. O grande número de partidos e a fragmentação deles faz com que os partido reduzam sua força. "Continuando com a legislação que nós temos hoje já já vamos ter cinquenta partidos representados no parlamento e o partido mais forte não vai ter 10%, se quer, dos votos do parlamento. É prejudicial ao país!", afirma.   

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