A reforma da Previdência tem movimentado as discussões dentro e fora das casas legislativas. Entrou pela porta da frente na casa dos brasileiros, apesar de controversa. Não há quem não saiba, quem não questione, quem não opine, quer conheça a proposta em sua totalidade, quer não.

Fato no mínimo intrigante é o posicionamento dos parlamentares no que diz respeito à questão. Não é que os defensores deixem de fazer o seu trabalho, mas a oposição tem sido bastante ferrenha e combativa. Quem é a favor não tem se colocado tanto para discutir a questão, tarefa que tem sido executada muito mais por quem é contra a reforma. Quem defende diz que a reforma é necessária para o brasil não quebrar; os contrários apontam retirada de direitos trabalhistas.

No Piauí, entre os parlamentares no Congresso, se ouve mais a voz de quem é contra. Os favoráveis parecem evitar qualquer manifestação. Já na Câmara de Teresina, o vereador Dudu (PT) articula uma audiência para discutir o tema.

Para o vereador Enzo Samuel (PC do B), essa disparidade entre oposição e situação acontece por que o interesse de Temer e sua base aliada é que a emenda seja aprovada o mais rápido possível e sem maiores transtornos.

“Se a proposta traz sérios danos ao trabalhador, como é que quem é a favor vai discutir com a população? Eles tem interesse que essa reforma passe de imediato e que tenha a menor discussão possível. Se não fossem os parlamentares, os movimentos sociais, os sindicatos, essas entidades de luta discutirem com a sociedade e colocarem o que está acontecendo no nosso país, talvez essa discussão não aconteceria de forma nenhuma”, declarou ao Política Dinâmica.