Picos x TCE - A matemática da política

A cadeira de prefeito de Picos pode até ser boa, mas Kléber Eulálio mostrou que existe cadeira melhor no meio do caminho. Foto: Divulgação

Em 2012, com exatos 20.641 votos, Kléber Eulálio era eleito prefeito de Picos (a terceira maior cidade do Piauí) na coligação chamada de: A MUDANÇA QUE O POVO QUER.

E o povo tanto quis e acreditou na mudança que o elegeu. Mas parece que Kléber não gostou muito da ideia proposta por sua campanha ou não conseguiu implementá-la. 

TCHAU, TCHAU ELEITORES!  

Com um pouco mais de dois anos como prefeito, dentro de 30 dias o líder político da família Eulálio fará suas malas e dará adeus aos picoenses e ao seu mandato. Os poucos, porém poderosos 18 votos conquistados por Kléber, o retiraram da prefeitura mas lhe asseguraram um novo e desejado cargo. Sua sala agora é no Tribunal de Contas do Estado do Piauí. 

ANTES DO TCHAU, A BENÇÃO.

Entretanto até mudar de endereço, o prefeito e agora conselheiro terá que cuidar dos repasses de Maio para a Prefeitura de Picos que totalizam um pouco mais de 2 milhões e 178 mil reais. Estes serão os últimos recursos administrados por Kléber Eulálio, caso ele não deseje ficar por mais 30 dias na prefeitura, como permite a lei. 

TROCANDO O CERTO PELO MAIS CERTO AINDA. 

Pode parecer loucura diante dos valores e do poder exercido, mas a troca tem seus motivos. Ele sai do estresse político de Picos, onde atualmente não está bem avaliado e agora entra no rol dos abençoados conselheiros e seus benefícios, além de deixar seu filho como herdeiro político na Assembleia. 

PRO GIL TÁ TUDO 'BELÊ' ZA! 

Em desfavor dos Eulálios agora ficam as portas abertas a Gil Paraibano nas próximas eleições já que perde um grande adversário. 

Gil Paraibano, opositor ferrenho, já tem o discurso na ponta da língua junto com a Deputada Belê (PSB). 

Em contrapartida Kléber pode até ter saído do palco, mas deixou junto com seu legado um representante. Severo Eulálio (PMDB) , seu filho, vai tentar tomar as rédeas das lideranças locais do pai e acelerar ainda mais esse processo a partir de agora. Mas será se consegue se articular até 2016?

Severo, filho de Kléber, agora assume o posto do pai. Na Assembleia tudo vai bem, mas eleição para prefeito é outra história.

Conseguindo ou não isso já é outro problema. Agora é hora de comemorar! Mas uma eleição para conselheiro não se comemora sozinho...

AQUI SE FAZ. AQUI SE PAGA. 

A vitória de ontem se deve, claro, ao respeito e a longa carreira política do candidato. Kléber fez mais amigos do que inimigos. Mas a amizade de Themístocles valeu ouro dessa vez. Estamos aqui partindo do princípio: uma mão lava a outra –Themístocles, eleito presidente; Kléber, eleito conselheiro. Agora estão quites. O fato é que o Tribunal mais ganha do que perde com Kléber. A preocupação é com o que deve acontecer em Picos.

EM NOME DO PAI, EM NOME DE PICOS. 

Agora a bola está com Padre Walmir do PT, que como vice assume a cadeira e deve empurrar as obras empacadas pela falta de investimentos. Ele conta com o Governo Estadual, que conta com Dilma, que conta sabe-se lá com quem...

Padre Walmir: de padre a prefeito. Na matemática da política ele também saiu ganhando.

No fim das contas mais um ponto pro PMDB. Já Wellington só terminará o cálculo dessa conta em 2016.

Resta aguardar e ver se o padre vai além da missa.

Afinal, na política os números da matemática são outros...

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