TERIA SIDO TUDO PREMEDITADO?

Vereadora agredida questiona origem do episódio (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A invasão do plenário da Câmara Municipal de Teresina por professores grevistas nesta quinta-feira (12) pode ter sido premeditada. Pelo menos é o que sugere áudio vazado da transmissão oficial da sessão no You Tube e o que suspeita uma vereadora agredida.

A vereadora Teresinha Medeiros (PSL), vítima de agressão física durante a baderna dentro do plenário, questiona a situação e levanta suspeitas sobre a origem da confusão.

"Existiu quebra de decoro por parte daqueles que deviam zelar pela segurança dos vereadores? Ademais, é preciso investigar se a agressão foi a mando de alguém", disse a vereadora em texto encaminhado ao Política Dinâmica.

No áudio da transmissão, o presidente da Casa, vereador Jeová Alencar (PSDB) conversa com o vereador Dudu (PT). A conversa supostamente seria uma orientação para que o vereador Deolindo Moura (PT) abrisse uma das portas no lado direito do plenário. Foi exatamente a abertura dessa porta que desencadeou a invasão do plenário.

Jeová conversa com manifestantes na CMT (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Jeová, Dudu e Deolindo fazem oposição ao prefeito Firmino Filho (PSDB). Em um trecho da transmissão oficial no canal da CMT no You Tube, o vereador Joaquim do Arroz (Sem partido) discursa no plenário e num áudio, ao fundo, é possível escutar Jeová e Dudu conversando.

Dudu: "Manda o Deolindo".

Jeová: "Manda lá. Manda lá. Do lado direito. Do lado direito".

Ouça o momento exato do diálogo no trecho entre 57min a 57min12seg.

Foi justamente a porta do lado direito que Deolindo abriu. Ele alega que saiu para dar uma entrevista e rechaça que tenha aberto a porta para permitir a entrada dos manifestantes.

Curiosamente, Deolindo chegou a ser "atropelado" e derrubado pelos grevistas no momento da invasão, mas declarou à imprensa que não considera ter sido vítima de agressão.

Já a vereadora Teresinha Medeiros, agredida por uma manifestante invasora, quer que a história seja esclarecida. A parlamentar não esconde a indignação com a falta de segurança para os vereadores durante uma sessão em que um projeto tão importante era discutido.

Jeová e Dudu negam veementemente que tenham premeditado a situação. Após o episódio, Jeová encerrou a sessão sem que o projeto de reajuste do piso dos professores enviado pelo prefeito Firmino Filho fosse votado. O encerramento gerou comemoração da categoria e de vereadores da oposição, que celebraram a atitude do presidente.

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