QUERIAM ESCONDER A TODO CUSTO

Ele assinou documento, mas não quer mostrar (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O governo de Wellington Dias (PT) não quer apresentar uma cópia do pré-contrato de empréstimo assinado pelo governador na França, mas terá que apresentar. A oposição contestou a legalidade do ato antes do tema passar pela Assembleia e pediu cópia do documento. O pedido causou uma verdadeira batalha nesta terça-feira (26) na Assembleia.

Embora diga que tudo foi feito dentro da legalidade, o governo orientou a base aliada a votar contra o requerimento do deputado estadual Gustavo Neiva (PSB) que pedia a cópia. A gestão estadual não quer mostrar o que foi assinado. A tentativa, no entanto, dividiu até mesmo a própria base. MDB e Progressistas se colocaram a favor do pedido feito pela oposição.

Após impasse sobre o assunto, o deputado João Mádison (MDB) apresentou sugestão para que a cópia do documento fosse apresentada à oposição num prazo de 60 dias. A sugestão foi acatada e o requerimento acabou aprovado, contra a vontade do partido do governador. A oposição afirma não entender porque a gestão estadual quer omitir o documento.

Líder da oposição contesta assinatura (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Gustavo Neiva mantém afirmação de que a assinatura antes do trâmite na Assembleia foi ilegal, mesmo após o governador ter dado justificativa na segunda-feira (25) ao ser questionado pelo Política Dinâmica. A explicação dele não convenceu a oposição, que segue dizendo que contratos e pré-contratos de empréstimos têm que passar antes pela Alepi

"É ilegal. Não pode assinar nem contrato e nem pré-contrato antes de passar pela Assembleia. O governo tem que dizer à sociedade o que realmente foi assinado e por isso queremos uma cópia do documento. Não entendo porque não querem mostrar", falou.

Com a aprovação do requerimento, a gestão terá que fornecer, a contragosto, cópia do pré-contrato assinado por Wellington na França. Segundo o próprio governo divulgou na ocasião da assinatura, trata-se de operação de crédito externa no valor de 200 milhões de euros.

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