O prefeito de Manoel Emídio, Zé Medeiros (PTB), pode sofrer um impeachment. Processo de cassação aberto pela Câmara Municipal este mês vai investigar supostas irregularidades cometidas pelo gestor. Uma das acusações é de desvio de dinheiro do Fundeb para fins alheios à educação.

Eleito em 2016 após derrotar um candidato do PSB, Zé Medeiros não conseguiu fazer maioria na Câmara. Das nove vagas, a coligação dele conquistou quatro, enquanto a oposição fez as outras cinco. O PMDB é oposição ao prefeito e defende o impeachment. O único vereador do partido foi um dos que votaram pelo recebimento da denúncia e abertura do processo.

Para piorar, uma vereadora eleita na coligação do próprio prefeito, filiada ao PP do senador Ciro Nogueira, votou pela abertura do processo, totalizando os dois terços necessários para a aceitação da denúncia. O PT, apesar de não ter assento na Câmara, se opõe ao gestor e grande parte das suas lideranças quer o impeachment.

O prefeito Zé Medeiros, óbvio, terá todo o direito de se defender das acusações e apresentar seus argumentos à Comissão Processante. A Câmara de Manoel Emídio tem o prazo de 90 dias para concluir o processo, a partir da notificação do prefeito.