INDEPENDÊNCIA ELOGIADA E PRESSÃO RECONHECIDA

Gestão de Olavo Rebelo tem sido elogiada (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

A atuação do conselheiro Olavo Rebelo à frente da presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) foi bastante elogiada na sessão plenária da quinta-feira (5). Durante explanação na Corte, o auditor federal Helano Müller Guimarães, do TCU, afirmou que Olavo, mesmo tendo um passado ligado à política, tem mostrado independência na condução do órgão. Foi na mesma explanação que o auditor fez revelações sobre o uso que o governo do Estado fez da primeira parcela do empréstimo de R$ 600 milhões junto à Caixa.

Helano Guimarães ainda apontou que o trabalho que considera isento feito pelos técnicos do TCE se fortalece com a igual postura adotada pelo presidente. Ao se referir ao relatório de auditoria contábil que apontou graves irregularidades cometidas pela gestão de Wellington Dias (PT) no uso da primeira parcela do empréstimo, ele destacou que a postura de Olavo tem sido muito importante para o trabalho dos técnicos.

"Um trabalho dessa complexidade foi desenvolvido pelos servidores dessa casa, porque são capacitados pra isso. Mas também porque têm independência. E eu acho que essa é uma marca da gestão do Dr. Olavo, eu tenho que reconhecer isso. E publicamente, se ele tivesse aqui, eu pediria desculpas a ele, porque eu achava que ele não ia ter essa independência. Mas ele me surpreendeu positivamente. E reconheço diante de todos vocês: ele tem sido pressionado, como foi o ministro Ubiratan Aguiar lá no TCU quando começou a parar obras em todo o país. Mas ele está resistindo, porque está agindo como magistrado", falou.

Helano Guimarães celebra postura de Olavo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

MOTIVO DA SURPRESA
As razões para admirar a independência de Olavo no TCE são óbvias, apesar dessa ser a postura que todos esperam de um julgador. Ele foi quatro vezes deputado estadual, o último mandato pelo PT do governador Wellington Dias. Em 2006, foi eleito conselheiro do Tribunal com apoio de Wellington, que na época exercia o segundo mandato de governador.

Apesar disso, tem sido justamente na gestão de Olavo que o governo petista enfrenta as maiores dificuldades em ações que tramitaram e/ou tramitam no TCE. Dentro do governo, sabe-se que existe uma certa insatisfação com Olavo por ele deixar os auditores "soltos demais" nas fiscalizações da administração estadual.

Passado na política não inibe atuação de Olavo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

Em comentário feito ao jornalismo do Política Dinâmica no dia 27 de abril, quando o ex-auditor Antônio Carlos D’Ávila, relator do processo das pedaladas de Dilma, participou de palestra no TCE, Olavo disse que os técnicos do órgão são profissionais sérios e concursados. Por conta disso, fez questão de destacar que "ninguém manda na cabeça deles".

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