WELLINGTON DIAS FALA SOBRE DENÚNCIAS CONTRA O PT E DIZ QUE HÁ USO POLÍTICO DO JUDICIÁRIO

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O PT está no centro de novas denúncias, apresentadas pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal na última semana, além do depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro. Em meio a isso, o governador Wellington Dias (PT) não descarta os prejuízos que as acusações terão sobre o desempenho do partido nas eleições de 2018 e defende que há uso político do Judiciário contra o PT e suas lideranças.

“A denúncia sempre prejudica [o partido]. Eu tenho dito que independente de quem foi presidente, foi ministro ou foi qualquer coisa, se houver a existência de prática criminosa tem que pagar segundo a lei, isso eu lhe asseguro. O que não é razoável é o uso de um instrumento de investigação, o uso político das estruturas de Ministério Público e de pessoas do Ministério Público, pessoas do Judiciário para uma estratégia política e eleitoral”, declara.

Wellington afirma ainda que há muito tempo existe a tentativa de difamar a imagem de Lula.

“O que a gente vê em relação ao presidente Lula é exatamente isso. Desde 2005, 2006, há uma clara campanha para desmoralizar um dos maiores líderes do Brasil e do mundo. O que tem de fato? Não há nenhuma prova, nenhum documento, nenhum centavo em conta, seja no Brasil ou no exterior, não há nenhum bem ou qualquer prova que houve um benefício pessoal”

O governador do Piauí voltou a defender a inocência de Lula e diz que “a população brasileira já se apercebeu que querem uma eleição sem a presença do presidente Lula”.

“Conheço o presidente Lula de muito tempo e continuo defendendo a sua inocência. O que não é razoável é que se use declarações de qualquer pessoa, seja do lado dele ou adversário dele, como fato consumado. Afinal de contas, ninguém pode ser condenado enquanto não tiver provas, uma ação transitado em julgado”, assinala.

ENTENDA O CASO
Na quarta-feira (6), o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci prestou depoimento, como réu, ao juiz Sérgio Moro em processo que investiga se Lula recebeu R$ 13 milhões em propina da Odebrecht por meio de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP) e um imóvel que serviria como sede ao Instituto Lula.

Lula é apontado, em denúncia, como o líder de uma organização criminosa (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Na ocasião, Palocci fez diversas afirmações que podem incriminar o ex-presidente. Entre elas, ele disse que Lula tinha um "pacto de sangue" com Emilio Odebrecht, e esse pacto envolvia um "pacote de propina": um terreno para o Intituto Lula, o sítio para uso da família do ex-presidente, além de R$ 300 milhões, e que Lula sabia que se tratava de dinheiro sujo.

Além disso, Lula, a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e cinco ex-ministros e o ex-tesoureiro petista João Vaccari são acusados de formação de organização criminosa que recebeu R$ 1,4 bilhão em propinas no esquema Petrobrás.

Com informações do Estadão.

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