SEM DEPOIMENTOS NA CPI DA COVID

A CPI da Covid continua a ser realizada no senado Federal, mas nesta quarta-feira (23) será marcada pela falta de depoentes. Deveria ser ouvido hoje o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, que intermediou, junto ao Ministério da Saúde, uma negociação bilionária para compra da vacina indiana Covaxin. Porém, o próprio empresário pediu adiamento de seu depoimento sob a alegação de estar em quarentena por ter viajado, recentemente, à Índia.

Com isso, restara aos membros da CPI analisarem 58 requerimentos com pedidos de informação, quebras de sigilo, convites e convocações. Além do depoimento de Maximiano, a CPI deve convocar outras pessoas que estariam envolvidas na compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano, pelo valor de R$ 1,6 bilhão, dentre essas pessoas estão o ex-coordenador-geral de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Marinho, e, também, a assessora especial da Secretaria de Governo, Thais Amaral Moura, assessora especial da Secretaria de Governo. (Acompanhe abaixo a sessão desta quarta-feira 23/06)


Vale ressaltar que a compra do imunizante pelo governo brasileiro aconteceu em fevereiro deste ano, mesmo sem a conclusão dos estudos sobre a eficácia do imunizante que promete combater a Covid. Os membros da CPI agora querem saber o porquê da negociação para compra da vacina aconteceu com uma pessoa intermediária que não tem vínculo com a indústria e, além dele, quem mais “ajudou” na compra, se teve também intercessão do presidente Jair Bolsonaro.

A vacina indiana Covaxin foi a mais cara negociada pelo Governo Federal custando R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a Astrazeneca.

Com a decisão da ministra Rosa Weber que barrou a convocação dos governadores de nove estados para prestarem depoimento na CPI, a Comissão parte agora para nos buscas de depoentes que devem ser aprovadas em análise nesta quarta-feira.

Os novos depoimentos já marcados na CPI devem acontecer na próxima sexta (25), após a CPI aprovar um convite à Luis Carlos Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, pedido que deverá ser estendido também ao irmão dele, o deputado Luis Cláudio Miranda (DEM-DF), para que comparecem a audiência da CPI. O Luis Carlos disse ter sofrido pressão para importação da vacina indiana.

Além deles, a CPI pretende convocar também representantes das redes sociais: Facebook, Twitter e da Google Brasil. Além do secretário de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, e os representantes da empresa de transporte Viação Redentor.

Aos representantes das redes sociais, a CPI quer saber sobre a disseminação de Fakes News relacionados à Covid. Já com a empresa de transporte o questionamento será o porquê da empresa, supostamente, receitar o uso de medicamentos ineficazes para tratamento à covid em seus funcionários.

Comente aqui