PRESIDENTE QUER 'APURAÇÃO ABERTA'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a se manifestar sobre as eleições de 2020, desta vez em entrevista à Rádio Banda B, nesta quinta-feira (22), o presidente disse que não vai admitir que a apuração da eleição seja feita em sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na entrevista, o presidente também confirmou a mudança ministerial onde colocará um senador do Centrão, Ciro Nogueira (PP-PI), como ministro-chefe da Casa Civil.

“Não posso admitir que meia dúzia de pessoas tenham a chave criptográfica de tudo e, de forma secreta, contém votos numa sala secreta lá no Tribunal Superior Eleitoral. Isso não é admissível. A própria Constituição fala em contagem pública dos votos, quero transparência”, ameaça o presidente.

Bolsonaro vou a insistir que houve fraude nas eleições de 2014, onde Dilma Rousseff (PT) venceu o 2º turno das eleições contra o candidato Aécio Neves (PSDB). De acordo com o presidente, ele vai apresentar as provas de sua fala na semana que vem. Além disso, afirmou que venceu as eleições de 2018 no 1º turno e que também tem provas disso. “Vou aguardar dados da minha eleição, que, no meu entendimento, nós ganhamos no 1º turno”, confirmou.

Na entrevista à Rádio, o presidente também reclamou da postura do ministro do STF Roberto Barroso que teria tido um entendimento com os parlamentares para não aprovação do projeto que prevê a realização das eleições do próximo ano com voto impresso.

Com ironia, o chefe do executivo disse “de repente, ministro Barroso, do nada, vai para dentro do Parlamento se reunir com líderes partidários. Nos dias seguintes, os líderes trocam integrantes da comissão e colocam parlamentares contrários à aprovação desse projeto, ou seja, querem ver se matam o projeto na comissão. Isso é interferência clara do ministro Barroso no processo legislativo”, argumentou Bolsonaro.

Presidente da Câmara, Arthur Lira, e presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente ainda induziu que o ministro estivesse com receio de alguma coisa. “Ele tem medo do quê? Tá apavorado, por quê? Ele estaria refém de alguém? Acredito que não, mas é um dado bastante preocupante. Nós estamos nos antecipando a possíveis problemas”, reforçou.

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