Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O projeto da terceirização ampla, aprovado na última quinta-feira (23), continua gerando debates, no meio político e fora dele. O senador Elmano Férrer (PMDB) é um dos parlamentares que quer continuar discutindo a proposta.

O piauiense se junta à outros integrantes da bancada do PMDB no Senado que pedem ao presidente Michel Temer que não sancione o projeto de terceirização. A proposta não passará pelo Senado, mas irá direto para a Presidência.

Na terça-feira (28), 12 dos 22 senadores que compõem a bancada decidiram, após longa reunião, assinar uma carta encaminhada a Temer, pedindo o veto integral ao projeto. Além de Elmano, assinaram também a carta os senadores Marta Suplicy (SP), Kátia Abreu (TO), Eduardo Braga (AM), Wademir Moka (MS), Rose de Freitas (ES), Hélio José (DF), Simone Tebet (MS) e o líder da bancada, Renan Calheiros (AL).

Apesar de ser do mesmo partido do presidente, que é favorável à proposta, Elmano tem posicionamento contrário. Para ele, sancionar o projeto pode fragilizar as relações trabalhistas. Ele propõe que sejam discutidas outras saídas, com o objetivo de regulamentar as atividades terceirizadas que já existem, garantindo direitos.

“Terceirizar de forma ampla e irrestrita é ruim para o trabalhador. É preciso regulamentar a terceirização, colocando limite na atividade-fim”, declarou o parlamentar.