Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Para o deputado federal Marcelo Castro (PMDB), o atual sistema eleitoral vigente no Brasil é “pernicioso”. O parlamentar tem, continuamente, se colocado contra a grande quantidade de partidos no Brasil, fato que, segundo ele, leva à ausência de governabilidade do poder executivo. Negociar com tantos partidos não é tarefa das mais fáceis.

O peemedebista rebate as críticas de que a lista fechada pode favorecer políticos com fichas sujas. A tese afirma que eles poderiam ser beneficiados com a indicação de presidentes dos partidos Brasil afora. O deputado afirma que o modelo vigente na atualidade é que possibilita tais desvios. “Hoje que o voto que dado de certa maneira é oculto. Você vota em João e elege Pedro. (...) Hoje você vota achando que vai eleger um candidato de esquerda, e manda um de direita. E vice-versa”, declarou.

Castro defende que está sendo difundida uma “ideia ruim” entre a população sobre a lista e que é preciso muda-la. Ele criticou também o que ele acredita ser uma falta de diretriz política dentro das legendas.

“O pior sistema eleitoral que existe no mundo é o nosso, por que acaba com os partidos. O Brasil não tem partidos políticos, tem um amontoado de siglas. Nossos partidos não são orgânicos, não tem coesão interna, não são programáticos, não são ideológicos, não se propõem a nada, não defendem uma causa”, pontuou.

Marcelo Castro é membro da comissão especial que discute a reforma política na Câmara.

LEIA TAMBÉM:
Marcelo Castro defende sistema distrital misto na Assembleia