O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) participou nesta segunda-feira (3) de audiência pública na Assembleia Legislativa sobre a reforma política que tramita no Congresso Nacional. Membro da Comissão Especial da Reforma, o parlamentar é um dos mais ferrenhos defensores dos sistema distrital misto. O modelo conjuga dois formatos: o proporcional distrital e o de lista.

Com isso, metade dos deputados seria eleita pelos distritos e a outra metade pela lista. Marcelo explica que dessa forma o Piauí seria dividido em cinco distritos eleitorais e o deputado mais votado de cada um distrito seria eleito, formando a primeira metade. A outra parte seria eleita através da lista, onde o eleitor vota numa relação formada pelos partidos.

“Esse é o sistema que melhor funciona no mundo e é praticado por vários países como Alemanha, Rússia, México, Coreia do Sul, Japão e Filipinas. É o sistema que os cientistas mais aprovam. O sistema majoritário distrital tem vantagens e deficiências, o proporcional de lista tem vantagens e deficiências. Então o que os cientistas dizem? Que quando você conjuga os dois, um sistema compensa as deficiências do outro, então por isso funciona melhor”, disse.

DIFICULDADE PARA NOVAS LIDERANÇAS
Marcelo Castro reconhece que a chamada lista fechada dificulta o surgimento de novas lideranças, uma vez que os nomes e a ordem de quem entraria na lista seriam determinados pelos próprios partidos políticos. Por isso ele afirma que o ideal é unificar o modelo proporcional distrital com o da lista, pois um sistema ameniza as deficiências do outro.

“Por isso defendo o misto, porque nele a metade seria eleita pelos distritos. Então a pessoa se apresentaria como candidato no distrito e iria disputar os votos dele, independente da lista. Quando você coloca os dois sistemas, a deficiência de um é compensada pelo outro”, falou.