APROXIMAÇÃO COM O PT PODE LEVAR DEPUTADOS DO PSB A DEIXAR O PARTIDO

O deputado federal Rodrigo Martins (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A aproximação de uma ala do PSB nacional com o PT tem incomodado os membros do partido no Piauí. Recentemente, o ex-governador e presidente estadual da sigla Wilson Martins criticou a possível aliança e afirmou que não votará com o PSB caso venha a se aliar novamente com o PT. Na ocasião ele afirmou que não votará contra a própria consciência e nem naquilo que não acredita. “Não deixarei o PSB, mas não votarei naquilo que não acredito. Acho improvável que essa aliança ocorra”, declarou.

De fato, a volta de uma relação amistosa entre os dois partidos no Piauí é, se não improvável, no mínimo contraditória. Os dois partidos já caminharam lado a lado, mas hoje o PSB é um dos maiores opositores ao governo Wellington Dias (PT). É razoável que os pessebistas não queiram sequer ensaiar essa volta. Seria difícil justificar a situação para a própria militância e para a opinião pública.

Agora, os deputados federais do PSB – Rodrigo Martins, Heráclito Fortes e Átila Lira – podem deixar a legenda e isso vai depender do resultado da eleição para presidente nacional do partido. Dois grupos, com posições divergentes, disputam o comando do PSB nacional. Um deles, comandado pelo atual presidente Carlos Siqueira, defende a aliança com os petistas. O outro grupo, liderado pelo vice-governador de São Paulo Marcelo França rechaça com veemência a ideia.

O nome de Márcio França é uma unanimidade entre os piauienses. Eles defendem que o PSB apoie a candidatura do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Se França sair vitorioso da disputa, os piauienses permanecem onde estão; caso ele seja derrotado, já é dada como certa a debandada dos parlamentares.

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