ELE QUER DAR O ICMS E O FPM

A receita do orçamento do Estado é composta, basicamente, de transferência constitucionais -- como é o caso do Fundo de Participação dos Estados -- e de impostos, dentre eles o ICMS, que W.Dias aumentou duas vezes este ano. E são exatamente estes dois que Wellington quer dar de garantia para empréstimos suspeitos (foto: Thiago Amaral | politicaDinamica.com)

O governador Wellington Dias fez, ontem (13), diante de jornalistas, um apelo para que a segunda parcela do empréstimo com a Caixa Econômica Federal seja liberado. Isso antes que ele dê conta do que fez com a primeira parcela de R$ 315 milhões. Falta o mesmo valor e, sem dizer que gastos serão estes, o petista já faz as contas para gastar cada centavo.

Para aprovar o segundo aumento de impostos, o governador Wellington Dias mandou os deputados de sua base dizerem que haveria redução em caso de melhoria do cenário econômico, mas se o ICMS vai ser garantia de empréstimo, como é que W.Dias prometei reduzi-lo? (foto: Marcos Melo | PoliticaDinamica.com)

Mas não é só esse dinheiro que Wellington quer. O governador é como aquele seu parente que tinha um cartão de crédito, perdeu a capacidade de pagar a fatura e antes do vencimento fez outro, e outro e mais outro. Com todos eles estourados e mal conseguindo pagar o mínimo do rotativo, ainda reclama dizendo que a culpa é sua que não empresta uns "trocados" para ele pagar as dívidas.  Pois bem. A diferença é que sendo o governador, Wellington lhe obriga a dar esse dinheiro, aumentando os impostos.

Sem ter mostrado uma única planilha em que conste o cronograma de gastos e que obras serão realizadas, a gestão de Wellington Dias não quer apenas os R$ 315 milhões que estão faltando na Caixa. Quer mais dinheiro do Bradesco. Ou de outro banco. Ou de qualquer lugar que não seja um banco, mas tenha o dinheiro. Os juros não importam. A transparência não existe.

Veja no vídeo!
Nesta segunda-feira (13), Wellington Dias falou sobre o assunto. Disse que encaminhou para a Assembleia um pedido de autorização para alterar a Lei de modo a permitir que o governo possa fazer operações de crédito com qualquer agente financeiro credenciado no Brasil, mesmo que não sejam bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil. Trocando em miúdos: vamos parar na mão de agiotas. Não há outra maneira de explicar de maneira mais clara e resumida.

Questionado sobre que tipo de instituições que não são bancos seriam estas às quais o Piauí está recorrendo, Wellington escapuliu. Disse apenas que se desse algum exemplo, poderia ser questionado, como se estivesse direcionando. "São muitas", limitou-se. Tem algo obscuro aí... (foto: Thiago Amaral | PoliticaDinamica.com)

Wellington Dias confirmou que o caminho a ser seguido, agora, é buscar empréstimos sem o aval da União. E antes que a desculpa seja "a necessidade de manter os serviços públicos funcionando e pagar salários em dia", vamos frisar dois pontos: o governo não faz os cortes que podem diminuir gastos desnecessários -- mantendo comissionados e estruturas eleitoreiras dentro do Executivo -- e tampouco mostra qual o custo destes empréstimos.




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