Quando fazia campanha em 2020, Doutor Pessoa (MDB) dizia que ia resolver o problema do transporte público de Teresina, que segundo ele se encontrava num erro do sistema de integração. Ao assumir o mandato, em 1º de janeiro deste ano, disse que resolveria a questão em até 100 dias. Um mês depois do prazo esgotado, chegou a hora de admitir a incapacidade de fazer o que tem que ser feito. Pessoa terceirizou aos vereadores o dever de cumprir sua promessa de campanha.
"Parabenizo a Câmara Municipal. Mesmo sendo um Poder independente, chamou para si a responsabilidade para resolver esse problema em Teresina", disse o prefeito à imprensa enquanto tomava café da manha na Secretaria de Juventude, onde seu filho é secretário.
Pessoa ainda fez questão de demonizar as empresas licitadas, alegando que os empresários "só pensam em lucro" deixando o "trabalhador simples" de lado. E sem explicar ou apresentar as provas do que diz, afirmou que os empresários "não souberam conduzir de maneira séria" o sistema.
A Câmara Municipal iniciou nesta segunda-feira (10) os trabalhos da CPI do Transporte. Os sobrinhos de Doutor Pessoa que mandam na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) serão os primeiros a ser ouvidos pela CPI presidida pelo vereador Dudu do PT.
Só para frisar: Pessoa terceirizou para os vereadores o dever de resolver o problema do sistema. Mas nesse "contrato" entre ele e a CMT, nas linhas com letras pequenas, consta que se os vereadores não resolverem, serão culpados pela perda de tempo também.
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