O governador Wellington Dias (PT) deu posse a cinco coordenadores e ao presidente da Fundação Hospitalar, em solenidade no Palácio de Karnak, na manhã desta segunda-feira (20). Com as posses, ele acomodou partidos como o PMDB, o PSD, o PT, o PTB e o PTC. Mesmo com o esforço para acomodar tantas siglas, Wellington nega que a criação dos cargos visaria garantir a reeleição em 2018. Segundo ele, o objetivo é desenvolver o Estado.

Tomaram posse o ex-prefeito de Campo Maior, Paulo Martins (PT), na Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi). Ele entra na cota do PT. O partido também deve ser contemplado com a posse do ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, na coordenadoria de Infraestrutura Aeroportuária, que deve ocorrer na próxima semana.

O PMDB foi contemplado com mais um cargo. Dessa vez, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Themístocles Filho, cotado para ser vice de Wellington em 2018, foi atendido diretamente com a posse do seu irmão, ex-deputado Marllos Sampaio, no programa Mais Vida com Cidadania para o Idoso.

O sobrinho do deputado João Madison (PMDB), o advogado Leonardo Sobral (PMDB), também entra na cota do PMDB. Ele irá comandar o Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR). O deputado Pablo Santos (PMDB), filho de Warton Santos, assumiu de forma simbólica a Fundação de Saúde. O governo espera a Assembleia aprovar a criação das pasta para que Pablo possa iniciar os trabalhos.  

Os deputados do PSD passam a ser oficialmente parte do governo de Wellington Dias. Edson Ferreira, ferrenho adversário do PT na região de São Raimundo Nonato, passou por cima do passado político e hoje faz parte da administração petista. Ele indicou o irmão, Avelar Ferreira, para assumir o Programa de Tecnologia e Inovação.

O PTC indicou o ex-prefeito de Novo Oriente, Marcus Vinícius, para o Programa de Modernização e Qualificação de Empreendimentos Públicos. Com isso, Wellington comtempla o presidente estadual da sigla, deputado Evaldo Gomes.

Em meio às críticas devido a engenharia política, Wellington garante que as novas pastas servirão para garantir o desenvolvimento de áreas em atraso . “O compromisso e o objetivo é o de desenvolver o Piauí. São programas bem traçados que têm como missão desenvolver o Piauí. São áreas onde ainda vivemos o atraso. Não fizemos por questões políticas, mas para desenvolver o Piauí”, afirmou.

Wellington Dias afirma que tem buscado o apoio dos partidos para manter a estabilidade política. “É claro que garante algo que a população entende. Em alguns estados a falta de base política gera instabilidade política. Não é ruim apenas para o gestor do Executivo. É preciso ter uma base comprometida, que tenha condições de discutir, antes de mandar projetos para o parlamento, de poder trabalhar com maturidade e aprovar a execução. É como se todos no Piauí estivessem em um avião com destino à Brasília, se tenho a possibilidade de ir no céu de brigadeiro por que irei em uma tempestade? É assim que penso. Trabalharei a estabilidade política pensando que ela é essência para promover o desenvolvimento. Deu certo até aqui e acho que vai ser melhor ainda em 2018”, disse.

Mesmo negando as acomodações, na próxima semana Wellington deve beneficiar mais aliados com cargos. O vereador Caio Bucar (PSD) vai assumir a coordenadoria de Apoio à Piscicultura. Ele entra na cota do deputado federal, Silas Freire (PR). O acordo garante que o filho de Silas, Stanley Freire, assuma a vaga de caio na Câmara de Vereadores. O senador Elmano Ferrer (PMDB) também deve ser beneficiado com a indicação de Ribamar Bastos para a Gestão de Recursos Hídricos.