Os peemedebistas não escondem a insatisfação causada com a insistência do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, de indicar o vice do governador Wellington Dias (PT), em 2018. A revolta na legenda é tanta que até parlamentares conhecidos por uma postura mais reservada estão fazendo críticas às ações do PP.

Sem citar diretamente os progressistas, o deputado Severo Eulálio afirma que a reeleição do governador Wellington Dias (PT) pode correr riscos. Segundo ele, tem aliado tão confiante que será reeleito em 2018 que já negocia com os demais partidos da base a chapa de 2022.

“O primeiro passo para perder uma eleição é achar que ela já está ganha. Temos que concentrar todos os esforços em 2018 se quisermos ganhar a disputa. A eleição de 2022 é outra coisa, cada uma tem sua particularidade. Tem gente que esquece de 2018 e já mira em 2020. Isso é prejudicial até mesmo para a reeleição do governador”, declarou.

No PMDB há o entendimento de que a insistência de Ciro em indicar o candidato a vice na chapa de reeleição de Wellington Dias se deve ao desejo do PP lançar um candidato a governador em 2022. A expectativa é que se eleito, Wellington renuncie nos últimos meses de mandato para buscar uma vaga no Senado. O vice assumiria.

O caminho para assumir o Palácio de Karnak em 2022 ficaria mais próximo se o partido já estivesse no comando após a possível saída do petista. Tem peemedebista apostando “trocar dez bois gordos por um bode velho” de que o candidato do PP ao governo do Piauí será o próprio senador Ciro Nogueira.