RELAÇÃO ENTRE PT E PP É FRÁGIL E FREQUENTEMENTE AMEAÇADA

O governador Wellington Dias (PT) colocou em xeque a já estremecida relação entre o PT e o PP no Piauí. A tensão entre as duas siglas voltou a se acirrar depois que o petista decidiu devolver à Assembleia Legislativa deputados que estavam afastados em secretárias, para evitar que os suplentes progressistas – Belê e B. Sá – votassem contra a proposta de aumento de impostos.

Para o PP, partido com o maior número de prefeitos eleitos no Piauí, a decisão do governo foi recebida como no mínimo uma falta de consideração à importância da sigla. E não seria a primeira vez que as duas legendas entraram em conflito.

Os progressistas do Piauí não engoliram episódios como as vaias ao presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira, os xingamentos contra a deputada federal Iracema Portella, e o balão que a sigla levou do governador que chegou a prometer a Secretaria de Saúde, mas depois recuou devido pressão de setores do PT. Esses fatos ainda estão vivos na memória e tornam a relação entre PT e PP inconsistente.

As críticas de setores do PP ao governo de Wellington Dias já se tornaram públicas. O presidente estadual da sigla, deputado Júlio Arcoverde, chegou a criticar a falta de diálogo com os partidos aliados. E disse que a reclamação seria generalizada na base.

A direção do PP ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão de afastamento dos suplentes, mas não há dúvida que esse episódio terá consequências futuras. Diante de tantas tensões na relação, em 2018 se o  PP decidir mudar de estratégia, não terá dificuldades em dizer que foi afastado da base pelo PT e pelo governador Wellington Dias.

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