"NEM SEMPRE O PT CONCORDARÁ 100% COM O GOVERNADOR"

Assis evitou polemizar sobre a indicação do PP para comodar a secretaria de Saúde (Foto:Jailson Soares/PoliticaDianamica.com)

Por Lídia Brito

O deputado Assis Carvalho participa da reunião da executiva do PT, na sede da legenda em Teresina. Em entrevista ao Política Dinâmica, ele falou sobre a possibilidade do governador Wellington Dias (PT), passar o comando da secretaria de Saúde para o PP.

Ao ser questionado sobre o assunto, o parlamentar manifestou um certo desconforto, mas afirmou que trata tudo como "especulações", enquanto Wellington não fizer anúncio oficial. Assis criticou indiretamente os parlamentares das outras siglas, como o PP, que se anteciparam ao governador e anunciaram pastas. "Enquanto o governador não anunciar de forma oficial, eu digo que tudo não passa de especulação. Esse anúncio cabe a ele. Nenhum deputado pode se antecipar. É passar por cima da autoridade do governador. Cabe a ele escolher a equipe", comentou.

Assis afirmou que o PT não fica feliz em perder cargos, mas diz que a decisão de Wellington deve ser respeitada. "Nem sempre o PT irá concordar 100% com o governador. Em toda democracia o partido pode discordar do chefe do Executivo. Agora acho legítimo o PT discutir o assunto. Porque podemos ter uma posição diferente do governador. Mas não cabe ao PT ou a quem quer que seja dizer se é contra ou a favor. No máximo podemos apresentar nossa opinião e opinar", comentou.

NOVA PASTA

O deputado não confirma, mas há a informação que o grupo político dele assuma o comando da fundação que irá gerir os hospitais no Piauí. A criação da nova pasta depende da aprovação da Assembleia Legislativa.

PP

Sobre a ampliação do espaço do PP, Assis afirma que o PT não pode seguir isolado. "No modelo democrático do Brasil nenhum partido governa sozinho. Precisamos dos outros partidos. Não há como o governador fazer gestão sozinho. O PT entende isso. Quem ajudou o governo quer espaço", comentou.

ALIANÇA COM PMDB

Com relação ao PMDB, Assis que acusa Michel Temer de golpe, tentou desvincular a direção do Piauí do presidente da República. "O deputado Marcelo Castro votou pelo golpe. Outras lideranças do PMDB sempre estiveram ao lado do governador. Desde 2012, o PMDB se divide contra ou a favor do Wellington. Queremos do nosso lado o PMDB que apoia o governador", disse.

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