Os policiais que fazem a segurança da Potycabana estão insatisfeitos. Eles denunciam que estão há quatro meses sem receber as chamadas “planejadas”, uma espécie de pagamento para quem vende as folgas para o governo. O comandante do policiamento do parque, Capitão Carmos, afirma que a situação se arrasta desde setembro de 2017.
Uma reunião com o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, está marcada para discutir os atrasos. A categoria ameaça suspender o trabalho de segurança do parque caso as “planejadas” não voltem a ser pagas. Eles alegam que existe um termo de cooperação entre a PM e a Coordenadoria de Desenvolvimento Social e Lazer (CDSOL) para que os policiais prestem o serviço e recebem as folgas, mas estaria sendo desrespeitado.
VERSÃO OFICIAL
De acordo com a coordenadora de Desenvolvimento Social e Lazer (CDSOL), Simone Araújo, responsável pela gestão da Potycabana, o problema seria burocrático. Ela nega a informação dos policiais de que o atraso seria de quatro meses. Segundo ela, apenas o mês de dezembro deixou de ser pago.
Simone garante que em fevereiro tudo será normalizado. Os meses de dezembro e janeiro devem ser pagos em fevereiro. A coordenadora diz que o sistema de pagamento do governo do Estado já foi fechado e isso prejudicou o pagamento da “planejada” de dezembro.
“Estamos esperando o sistema financeiro do governo reabrir. Em fevereiro tudo será normalizado. É mais uma questão burocrática. Não são quatro meses. Tudo vai ser normalizado”, declarou.
POLICIAIS CONTESTAM
As declarações de Simone são contestada pelo capitão Carmos. Ele garante que o atraso é de quatro meses e diz que a justificativa do fechamento do sistema não faz sentido.
“Estamos sem receber desde setembro. Se fosse só o problema do sistema fechado não justificaria quatro meses de atraso. Há um decreto do governador que direciona a verba específica para o pagamento dos vigilantes. Se o sistema só fechou em dezembro, porque os outros meses não foram pagos”, questionou.
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