O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, é o centro de uma polêmica no diretório do partido no Piauí. Ele destitui do cargo de presidente estadual, o secretário de mineração Luís Coelho, e anunciou a posse do novo presidente, o ex-vereador Tiago Vasconcelos, para o dia 30 de janeiro. O problema é que Eduardo está no cargo por meio de uma liminar, que já foi derruba, teve o mérito julgado e falta apenas a publicação do acórdão para que ele seja obrigado a deixar o cargo.
Para Luís Coelho, a posse de Tiago Vasconcelos, depois da derrubada da liminar, mostra que a atitude de Eduardo é “coisa de gente equilibrada”. “Acho uma temeridade e irresponsabilidade, a pessoa que está sob um efeito de liminar, sabendo de antemão que já foi cassada, porque isso é público e notório, sair por aí nomeando presidente. Isso é coisa de gente desequilibrada. Se tenho um liminar e de antemão já foi cassada, julgado o mérito pelo juiz e falta só a publicação do acórdão não faz sentido nenhum ato tomado depois disso. É enganação”, declarou.
De acordo com Luís Coelho, Eduardo conseguiu uma liminar para se manter no cargo após ter sido afastado por processos disciplinares envolvendo má gestão dos recursos partidários e outras ilegalidades. O presidente nacional é acusado de comprou dois carros de luxo e fazer despesas com barris de chopp com cota do fundo partidário.
“Houve uma autorização do juiz e falta publicar o acórdão. Essa publicação cassa todos os atos do Eduardo a partir de seis de junho. Todos esses atos de nomeações de secretários, como fez em Fortaleza e vai fazer no Piauí com a nomeação do Tiago, na hora que for publicado o acórdão, passam a ser nulos de pleno direito. Como o Tribunal está de recesso e deve voltar a esses dias, tudo voltará à normalidade”, declarou.
A reportagem tentou entrar em contato com Tiago Vasconcelos, que tomará posse no dia 30, mas não obteve retorno.
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