“ÓRGÃOS DE SEGURANÇA NÃO PODEM INTERVIR A FAVOR DESSE OU DAQUELE CANDIDATO”, DIZ PAES LANDIM

O Tribunal Regional Eleitoral reuniu as forças de segurança do Estado para tratar das Eleições 2018. Na pauta do encontro temas já esperados como segurança da runas e dos locais de votação. Mas em entrevista, o presidente do Tribunal, desembargador Francisco Paes Landim, falou sobre a preocupação que há para que os órgãos de segurança não sejam usados em benefícios de candidatos.

Desembargador Paes Landim afirma que segurança não pode ser usada para beneficiar candidatos (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

Essa foi uma das principais denúncias das eleições de 2016. Naquele pleito, candidatos chegaram a denunciar que a Polícia Militar foi usada para beneficiar políticos. De acordo com as denúncias, os candidatos como apoio do Palácio de Karnak foram beneficiados e os adversários prejudicados com supostas perseguições.

Francisco Paes Landim afirma que essa prática não seráaceita em 2018. Segundo ele, os órgãos de segurança não podem beneficiar nenhumdos lados. 

“Os órgãos de segurança são imparciais. Constitucionalmenteimparcial, se pegarmos a Constituição Federal vamos observar que o direito àSegurança é um direito de todos, é um dever do Estado, é responsabilidade detodos, e que a gestão dos serviços públicos é uma gestão associada. Todos osórgãos devem participar dessa gestão dos serviços públicos, sejam federais,estaduais, sejam municipais. De tal modo que em um processo eleitoral dizemosque temos um processo de gestão integrada em que os Tribunais participam, osjuízes participam, os servidores participam e os órgãos de segurançaparticipam, porque o voto deve ser livre, deve ser consciente, e os órgãos desegurança não podem intervir a favor desse ou daquele candidato”, declarou.

O desembargador afirma que se denúncias como as de 2016 foram registradas nas eleições de outubro, o Tribunal irá apurar com rigor. “Os órgãos de segurança não podem ser usados com o fim de captar ilicitamente o voto do eleitor, absolutamente isso não pode acontecer. Se houve em eleições passadas, não sei porque não integrava o Tribunal, mas penso que o TRE deve ter tomado todas as providências necessárias para isso. Mas tomaremos com certeza todas as providencias necessárias para que isso não venha a ocorrer. Afinal de contas as eleições têm que ser livres, justas,igualitárias. Se não for assim, as eleições estarão maculadas com algum vício que pode comprometer o resultado”, afirmou. 

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