“NÃO SEREI BUCHA DE CANHÃO”, DIZ DR. PESSOA

O presidente estadual do PSD, deputado Júlio César, vive a expectativa de receber uma resposta do governador Wellington Dias (PT) sobre a participação da sigla na chapa majoritária do petista. O parlamentar quer ser candidato a senador na segunda vaga da chapa, mas enfrenta a resistência de legendas como o PT, que quer continuar com a vaga e lançar a senadora Regina Sousa à reeleição.

Dr. Pessoa espera definição de Júlio César, que espera o governador  (Foto: JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

Enquanto Júlio espera o governador, o Dr. Pessoa no PSD espera uma decisão da direção do PSD. Caso Júlio César receba uma resposta negativa de Wellington, o partido poderá apoiar uma possível candidatura do parlamentar a governador do Piauí. Mas se Júlio for anunciado como candidato a senador, Dr. Pessoa pode ir para outra legenda ou reavaliar a candidatura para outro cargo como deputado federal.

Em entrevista ao Política Dinâmica, ele afirma que só espera uma resposta de Júlio César até fevereiro. Ressentido com o PSD, Dr. Pessoa diz que durante a visita do presidente nacional da sigla ao Piauí, ministro Gilberto Kassab, nem sequer foi chamado para discutir política.

“O ministro fez algumas brincadeiras, mas não falamos nada de política. Não sei se foi um pedido do Júlio César ou se o ministro não tinha tempo mesmo. Mas a situação do partido não foi tratada. O Júlio César diz que espera uma resposta do governador agora em janeiro. E eu espero uma resposta do Júlio César só até fevereiro. Depois disso seguirei meu caminho”, afirmou.

O caminho de Dr. Pessoa pode ser a Rede Sustentabilidade. Ele afirma que tem conversado com vários partidos, mas avisa que se for candidato não será  “bucha de canhão de ninguém”. O deputado afirma que escolherá um partido onde tenha carta branca para trabalhar.

“A tendência é que eu mude mesmo de partido. A situação no PSD continua a mesma. Só serei candidato se tiver um partido que me apoie. Não serei bucha de canhão para a candidatura de ninguém”, declarou.

Ele cita o exemplo do presidenciável Bolsonaro para justificar a necessidade de ter o apoio total do partido para sair candidato em outubro. “O Bolsonaro saiu do Patriotas porque queria ter carta branca no partido. Poder nomear os diretórios que achasse importantes. Eu não quero tudo isso, mas só vou para um partido onde puder viabilizar uma candidatura, caso decida ser candidato”, declarou.

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